Brasil já faz contas de olho na semi do vôlei sentado masculino

Villepinte - A derrota contra a Alemanha na estreia já obriga a seleção masculina de vôlei sentado do Brasil a fazer contas em busca de uma vaga na semifinal em Paris-2024. Isso porque o próximo adversário do Grupo B é o Irã, dono de sete ouros paralímpicos.

"O Irã está um degrau acima dos outros times. A gente pode fazer uma análise comparando com o futebol europeu e o nosso futebol, por exemplo. Lá na Europa, você está sempre jogando no ápice. São sempre atletas de seleção. E por isso eles estão nesse degrau acima. Mas a gente tem time, condição de fazer um bom jogo e, inclusive, ganhar também. É extremamente difícil, mas nós vamos lutar até o final", enalteceu Renato, capitão do time brasileiro.

Ele esteve presente nas duas últimas campanhas em que a seleção ficou em quarto lugar. Por isso, um pódio em Paris é o sonho dele. Ainda confiante, apesar de decepcionado, o camisa 10 lembrou que o Brasil foi a única seleção, ao lado da Bósnia-Herzegovina, a vencer o Irã.

Mesmo que a equipe consiga repetir a façanha, ainda haverá dependência de outros resultados. Em caso de derrota, a torcida será por uma vitória da Ucrânia sobre a Alemanha. "São dois países europeus, então, eles se enfrentam muitas vezes no circuito. Na maioria das vezes, a Alemanha ganha os jogos. Mas numa competição, tudo pode acontecer", analisou.

Assim como o Brasil, a Ucrânia estreou com derrota por 3 a 0, em confronto contra o Irã. Eleito o melhor atacante do último Mundial e melhor jogador da Paralimpíada de Tóquio, a estrela Morteza Mehrzadselakjani teve uma atuação com poucos minutos em quadra e marcou três pontos.

"É um time muito forte. Tem mais de 300 times na liga. Eles jogam duas vezes por semana. Então, parece que os caras jogam outro voleibol porque estão em alto nível o ano todo. E em outros países, como o Brasil, temos a competição regional e o Campeonato Brasileiro, que acontece uma vez por ano", elucidou Renato.

Apesar da força iraniana, foi o Brasil quem venceu o último Mundial, disputado em 2022, na Bósnia-Herzegovina. "O Brasil, muita gente não sabe, é o segundo no mundo no ranking. Nós jogamos de igual para igual com o Irã, já ganhamos da Bósnia", lembrou Fabiano, jogador com o melhor aproveitamento ofensivo na estreia contra a Alemanha.

"Pode ser que o caminho agora esteja um pouco mais difícil, mas não é impossível. Existe uma chance de classificação ainda. A luta continua", motivou o camisa 7.

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