Cícero celebra bronze amargo: "Me senti prejudicado"

PARIS - Medalhista de bronze no lançamento do dardo classe F57 dos Jogos Paralímpicos de Paris, Cícero Nobre não saiu do Stade de France tão feliz quanto você talvez imagine. É claro que o brasileiro, atual campeão mundial e parapan-americano, valorizou muito sua segunda medalha paralímpica, mas nem tudo são flores.

Em entrevista após a final na capital francesa, o brasileiro reforçou sua insatisfação com a arbitragem, que entendeu que quatro dos seis lançamentos feito por ele foram queimados, deixando apenas dois válidos.

"Eu me senti prejudicado. Eu estava bem preparado e eu tinha certeza que se eu não tivesse tido esse problema, a marca acima de 50.30, que foi o que ficou com a medalha de ouro, teria saído. Comecei a prova super bem, me lançando já pra 50 e eu sempre cresci na minha prova. Mas eu tive esse problema com as queimas. Agora vai ver o que é de errado e melhorar que Los Angeles tá bem pertinho."

"Eu estou feliz, estou, porque uma medalha de bronze em uma Paralimpíada a gente tem que comemorar. Mas assim, eu saio insatisfeito pelo fato de saber que eu poderia ter dado mais e não aconteceu. Não por minha causa, mas por conta da arbitragem. A gente tem que comemorar muito, mas eu estava preparado para a medalha de ouro", completou o brasileiro.

O QUE ACONTECEU?

Na lançamento do dardo classe F57, cada atleta faz seis lançamentos de uma vez. Eles sentam em uma cadeira, ajustada especificamente para cada competidor, e fazem as tentativas uma atrás da outra. Cícero Nobre queimou quatro das seis.

"Eles alegaram que meu material estava levantando, só que eu participei de Paralimpíada, participei de Mundial. Não mudei nada no banco, a mesma coisa, lançando da mesma forma e nunca tive problema.."

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