Brasil vence e se mantém invicto no futebol de cegos
01/09/2024 14h49
PARIS - Deu a lógica. O Brasil confirmou o favoritismo e venceu a Turquia na estreia do futebol de cegos nos Jogos Paralímpicos de Paris. No pé da Torre Eiffel, a Seleção fez 3 a 0, com gols de Nonato (2) e Jefinho.
Desde que a modalidade foi introduzida nas Paralimpíadas, em Atenas 2004, a Seleção é hegemônica. São cinco ouros em cinco participações, com 22 vitórias e seis empates na competição.
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Apesar do histórico irretocável em Jogos Paralímpicos, a seleção brasileira não é tão favorita para o ouro quanto já foi. Após o tricampeonato mundial nas Copas do Mundo de 2010, 2014 e 2018, o Brasil ficou em terceiro na última edição do torneio, em 2023, quando a Argentina foi campeã e a China vice.
O JOGO
Como esperado, os brasileiros começaram pressionando e buscando o gol, já ocupando o campo dos turcos. Com seis minutos jogados, Nonato converteu a penalidade que ele mesmo sofreu de Saygil e abriu o placar.
A Seleção seguiu no ataque e buscando ampliar o marcador, criando algumas chances que não foram convertidas. Tentando aprontar em um ou outro contra-ataque, a única grande oportunidade da Turquia foi um chute fora.
As equipes foram para o intervalo com o placar em 1 a 0, e o começo da etapa complementar foi quando o Brasil pisou no acelerador.
A bola voltou a rolar, e em cinco minutos a vitória já era quase uma goleada. Primeiro, Jefinho fez o segundo após entrar driblando pela ponta esquerda e chutar de bico no cantinho direito do goleiro. Em seguida, Nonato fez duas investidas pela direita - uma parou na trave e a outra foi defendida em linda ação do goleiro. Mas na sequência veio mais um pênalti para a Seleção, e aí Nonato botou o placar em 3 a 0.
+SIGA O CANAL DO OTD NO WHATSAPP Com 10 minutos corridos da segunda etapa, a Turquia teve uma grande chance, mas a jogadaça de Emre Aslan terminou em chute defendido pelo goleiro Luan. No mais, a partida ficou mais morna na reta final, com os brasileiros administrando com segurança a vantagem construída. Até os Jogos Paralímpicos de Paris, as disputas da modalidade aconteciam em dois tempos cronometrados de vinte minutos. Reduziram para 15 minutos cada período, o que, segundo integrantes da seleção brasileira, tende a ser pior para as equipes mais técnicas, como é o caso do Brasil. Na estreia, pelo menos, não foi um problema.MUDANÇA DE REGRA NO FUTEBOL DE CEGOS