Claudiney Santos quebra recorde no disco e é tricampeão paralímpico

Claudiney Batista dos Santos entrou na final do lançamento de disco F56 como o grande favorito. Em busca do tricampeonato paralímpico e atual recordista mundial, ele cumpriu com as expectativas. O mineiro quebrou duas vezes o seu recorde paralímpico e colocou no peito sua terceira medalha de ouro de Jogos Paralímpicos.

"É um mix de emoções. Feliz com esse tricampeonato, é muito treino, muito foco, muita determinação, treinei bastante nessa aclimatação. Estava com uma dor na coluna, fiquei apreensivo, mas deu tudo certo", afirmou Claudiney, que já pensa no tetra em Los Angeles-2028.

"É o que eu falo para os meus amigos, né? Na hora que termina a competição, eu ganhei uma medalha, ficou para trás, já penso na próxima e trabalho 100% ali focado. Eu peço até desculpa os meus amigos quando eles me chamam para as festinhas e eu digo não. É por esse propósito. É dar o meu melhor na competição e ir em busca da medalha. Então acredito que isso faz toda a diferença. Eu quero ir para Los Angeles. Eu gosto de números pares. Então, vou buscar esse tetra também", prometeu.

A final

O primeiro a competir na final do lançamento de disco F56 foi o eslovaco Dusan Lackzo, que fez 41,20 m em seu melhor lançamento. Claudiney Batista dos Santos assumiu a liderança em sua primeira tentativa ao marcar 44,74 m. Logo em seguida, melhorou sua marca e quebrou o recorde paralímpico pela primeira vez ao fazer 46,45 m, superando a marca de 45,59 m, que havia feito em Tóquio-2020.

Mas na quinta de suas seis tentativas, Claudiney Batista dos Santos foi ainda melhor. O brasileiro alcançou 46,86 m, quebrando pela segunda vez o recorde paralímpico e ficando a 51 centímetros do recorde mundial, que também pertence a ele.

Depois de seus seis lançamentos, Claudiney Batista dos Santos teve que esperar a participação de mais três atletas na final. O indiano Yogesh Kathuniya alcançou 42,22 m fez a melhor marca dele na temporada e assumiu o segundo lugar.

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"Eu busquei muito, tenho treinado bastante pra esse momento e, graças a Deus, deu tudo certo. Eu estava confiante, mas confesso que eu cheguei um pouquinho apreensivo porque ontem eu tive um leve desconforto na coluna por causa de muita rotação nos treinamentos. Mas chegou ali na hora, acho que adrenalina, não senti nada e só fui para o abraço mesmo", comemorou Claudiney.

O grego Konstantinos Tzounis marcou 41,32 m em seu melhor lançamento e ficou com a medalha de bronze. O último atleta a competir seria o sérvio Nebojsa Duric, mas ele desistiu. Assim, Claudiney Batista dos Santos garantiu, com sobras, a medalha de ouro.

Yeltsin e Julião na final dos 1500 m T11

Yeltsin Jacques fez o melhor tempo da classificatório dos 1500 m T11 (Ana Patrícia/CPB)

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Medalhistas dos 5000 m com ouro para Júlio Agripino e bronze para Yeltisin Jacques, os brasileiros voltaram à pista para a disputa dos 1500 m T11 e ambos se classificaram para a final. Yeltsin avançou como o mais rápido da classificatória, com 4min03s22, sua melhor marca na temporada, enquanto Júlio teve o quarto melhor tempo geral, com 4min10s10. A final acontece nesta terça-feira às 05h08.

Duas brasileiras nas semifinais dos 400 m T12

Das três brasileiras que disputaram as classificatórias dos 400 m T12, duas conseguiram garantir um lugar nas semifinais. Clara Silva ficou com o sétimo tempo com 58s77 e Ketyla Teodoro fez o oitavo tempo com 58s86. Lorraine Aguiar, por sua vez, marcou 59s99, ficou em nono lugar e foi eliminada.

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