Os desafios de Carol Santiago na "categoria de cima"

Paris - Com autoridade, Carol Santiago levou sua quinta medalha paralímpica de ouro em Jogos Paralímpicos. Ela conquistou a última nesta segunda-feira, 2, nadando na Arena La Defese a prova dos 50m livre S13. Mas detalhe: ela é da classe 12, para nadadoras com maior grau de comprometimento visual que as 13.

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O que muda?

Há três classes funcionais para nadadores com deficiência visual nos Jogos Paralímpicos: 11, 12 e 13. A mais baixa, 11, é para atletas com visão baixa ou os chamados cegos totais. Já o 12 (em que está classificada Carol), é para nadadores que têm baixa visão, mas enxergam vultos. Já a 13, é para aqueles que conseguem ver formas, mas com baixa definição.

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Desse modo, Carol ao competir com atletas S13, têm adversárias com menos comprometimentos que ela, consequentemente, enxergam mais. Assim, vencer todas elas, é ainda mais surpreendente. Aliás, ela foi uma das duas atletas da classe 12 classificadas para a decisão, e assim ela também tem o direito de usar o Tapper, haste que a auxilia para indicar a aproximação da borda da piscina para viradas e chegadas.

Carol Santiago confirmou que o uso do equipamento a ajudou na prova, uma vez que com a desvantagem pela classe foi amenizada com o Tapper. "Se eu não pudesse usar o Tapper, não acho que eu ia conseguir competir com as meninas. Mas podendo usar, todas nós temos praticamente as mesmas condições de competição. Eu sou muito bem treinada para executar, então como posso usar, não acho que tenha muitas diferenças entre as nadadoras", contou após vitória dos 50m livre S13.

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