Brasil estreia com bronze de Lara Lima no halterofilismo

Medalha de ouro no juvenil e bronze no adulto no Mundial do ano passado, a mineira Lara Lima, de apenas 21 anos, foi a responsável pela estreia do Brasil no halterofilismo. E a participação não poderia ter sido melhor. Depois de ter decepcionado a si própria nos Jogos Paralímpicos de Tóquio-2020, ela conseguiu o terceiro lugar e garantiu um lugar no pódio em Paris-2024 ao erguer 109 kg na categoria até 41kg.

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"Eu saí de Tóquio em sétimo lugar depois de queimar dois levantamentos. Lá a gente tinha uma chance pequena de bronze, mas não deu certo. E dessa vez chegamos aqui com uma chance maior ainda. Eu falei: 'dessa vez não vai escapar'. E ter essa medalha comigo, na minha mão, representa todo o meu esforço, toda a minha dedicação e de toda a minha equipe também", afirmou Lara Lima.

Bronze inédito

Em sua primeira tentativa, Lara Lima ergueu 105 kg e assumiu a liderança provisória, mas foi ultrapassada pela nigeriana Esther Nworgu, vice-campeã mundial, que ergueu 106 kg. Mas quem terminou a primeira rodada na liderança foi a chinesa Cui Zhe, tetracampeã mundial e quatro vezes medalha de prata em Jogos Olímpicos. Ela levantou 108 kg logo de cara e pulou na frente.

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Na segunda rodada, Lara Lima melhorou sua marca para 107 kg e assumiu o segundo lugar. Mas Esther Nworgu conseguiu 112 kg e deixou a brasileira para trás. Cui Zhe, por sua vez, não deixou barato. A chinesa arguiu 113 kg e quebrou o recorde paralímpico para voltar à primeira colocação.

Como nenhuma das atletas que estavam abaixo de Lara Lima na classificação chegaram ao que ela tinha levantado, a brasileira entrou na última rodada com o bronze garantido. A brasileira completou sua tentativa com 109 kg. A briga ficou mesmo pelo ouro. Nworgu ergueu 118 kg, enquanto Zhe fez 119 kg. Ambas quebraram novamente o recorde paralímpico. A chines ainda tentou 124 kg para ser recordista mundial, mas não conseguiu. Lingling Guo ergueu 123 kg em 2023.

Jovem vitoriosa

Lara Lima é natural de Uberlândia, Minas Gerais, e nasceu com mielomeningocele, doença que afeta a espinha dorsal, e artrogripose, que afetou os movimentos de seus membros inferiores. Antes do bronze em Paris-2024, a brasileira já havia conquistado outras medalhas em eventos importantes do halterofilismo.

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A jovem brasileira foi medalha de ouro na categoria até 41kg nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago-2023, campeã na categoria júnior, prata na equipe feminina e bronze na adulta no Mundial de Dubai 2023. O currículo de Lara Lima ainda tem o ouro na Copa do Mundo de Dubai 2022, o título no júnior e terceiro lugar no adulto na etapa de Tbilisi da Copa do Mundo 2021 e, por fim, uma prata nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019.

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