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Verônica Hipolito precisou superar baque ao ver colega eliminada

04/09/2024 19h48

Saint-Denis - Falar em superação é chover no molhado, quando o assunto é Verônica Hipolito. Antes da Paralimpíada, a atleta flertou com a aposentadoria. Já em Paris, precisou passar por cima da frustração de ter ficado de fora do pódio nos 200m. Mas na prova dos 100m, na qual conquistou o bronze, o desafio foi se concentrar após a desqualificação da colega Samira Brito, que queimou a largada e foi eliminada.

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"Eu sei que eu poderia ter corrido bem melhor, que poderia ter corrido na casa de 13 (segundos). Sei que a minha saída poderia ter sido melhor. Fiquei um pouco temerosa, fiquei bem triste pela Samira. Fiquei com medo de sair e queimar. Mas o mais importante é que eu fiz uma excelente corrida", analisou a velocista que cumpriu com a prova em 14s24. A chinesa Yiting Shi (13s36) levou o ouro, enquanto a neozelandesa Danielle Aitchinson (13s43), ficou com a prata.

Frustrada com a prova, Samira preferiu não conceder entrevista após a eliminação. Ela e Verônica competem na classe T36, para atletas com paralisia cerebrou.

A empatia de Verônica é uma realidade não só com a colega brasileira. Ela ficava chateada ao ver cada atleta que passava triste pela zona de entrevistas.

Não por acaso, agradeceu a diversas pessoas por ter alcançado o pódio em Paris. Nas mãos, fez um gesto especial a Amaury Wagner Veríssimo e Oriane Martins, que considera os "melhores técnicos do mundo". Também lembrou do Naurú, time fundado por Verônica.

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Verônica Hipolito exibe homenagem a técnicos e clube nas mãos. Foto: Lukas Kenji

No último Mundial, realizado em Kobe, no Japão, ela também foi bronze. Ela acumula ainda uma prata e um bronze em Paralimpíadas, conquistadas na Rio-2016. Também estão na prateleira dela três ouros em Jogos Parapan-Americanos e um título mundial.

A busca por um ouro olímpico foi um dos combustíveis para que a atleta de 28 anos pudesse continuar na ativa. Verônica garantiu que pretende realizar este sonho em Los Angeles-2028, que segundo ela, será sua última Paralimpíada.

Sem saber ao certo o que deve fazer, a paulista de São Bernardo do Campo quer usar a comunicação como ferramenta para massificar o paradesporto. Durante Tóquio-2020, ela trabalhou como comentarista e gostou da experiência.

"Eu sei falar bem, sei organizar as ideias. E não é do meu ego. Eu sei que posso contribuir com o movimento paralímpico. Mas se você quiserem que eu comente o nosso resultado histórico, eu posso fazer, OTD", brincou.

Mas antes de transitar de carreira, a atleta ainda precisa manter o foco em Paris. Na sexta-feira (6), ela tem pela frente a disputa do revezamento 4x100m. "A gente tem uma excelente equipe, na qual todos são medalhistas ou finalistas", avaliou.

A equipe terá, por ordem, Rayane dos Santos, prata nos 100m T13, Washington Júnior, 5° colocado nos 100m T47, Verônica, além de Parré, bronze no 100m T53, para cadeirantes.

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