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Harlley Arruda e Lúcia Araújo perdem na disputa do bronze

06/09/2024 12h05

Paris - Lúcia Araújo e Harlley Arruda chegaram perto da medalha de bronze nos Jogos Paralímpicos de Paris-2024, mas acabaram derrotados na luta decisiva. Ela foi a primeira a competir pela vaga no pódio e acabou sendo derrotado pela espanhola Marta Arce em menos de 20 segundos de combate. Na sequência, ele teve a oportunidade de escrever uma história diferente, porém, também foi superado. O atleta mineiro perdeu do português Djibrilo Iafa.

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Lúcia Araújo, atleta da categoria 57kg J2, iniciou o combate tentando uma ação, mas sofreu contragolpe da espanhola Marta Arce e perdeu por ippon em menos de 20 segundos. Em um primeiro momento a marcação tinha sido para waza-ari, mas, com recurso do vídeo, foi confirmado o ippon da judoca da Espanha. Depois dela foi a vez de Harlley Arruda, que subiu ao tatame com judogi azul na disputa do bronze pela categoria 73kg J1.

Bem combativo, o português logo tentou uma entrada, no entanto, o brasileiro bloqueou a ação do rival com menos de um minuto de luta. Mais adiante, Harlley Arruda tentou projeção, mas não teve sucesso. Faltando menos de dois minutos de combate, Djibrilo Iafa tentava colocar mais volume de luta e, no minuto derradeiro, encaixou um ataque forte com a técnica de sacrifício. O mineiro tentou se defender, mas sofreu o waza-ari quando tentou girar no ar e cair de frente, porém, a queda foi quase completa.

"A gente fez uma preparação para chegar e dar o melhor. Eu cheguei aqui hoje e que dei o meu melhor, mas, infelizmente, no meu melhor a medalha não veio. Agora é erguer a cabeça e continuar o trabalho e ver o que Deus tem para a gente nos próximos anos", declarou Harlley Arruda ao Olimpíada Todo Dia em entrevista após a luta. O atleta revelou também que vai subir de categoria e competirá na 81kg, sendo assim, Paris-2024 foi a última participação dele na 73kg.

Caminhada de Harlley Arruda em Paris-2024

O estreante Harlley Arruda começou lutando pelas oitavas de final contra o italiano Camanni Dongdong. A disputa começou com projeção rápida do brasileiro e waza-ari aos 6 segundos de luta. O italiano, porém, empatou faltando um pouco mais de 1 minuto pro final. No golden score, Harlley conseguiu nova projeção e waza-ari para avançar.

Depois, pelas quartas de final, o brasileiro encarou o argentino Eduardo Gauto. Em luta travada por ambos os lados, o brasileiro conseguiu projeção que levou Gaudo com as costas no tatame. O brasileiro enfrentou o romeno Florin Bologa em semifinal duríssima. Bologa derrubou Harlley, mas não de forma perfeita, ficou com waza-ari e segurou o placar até o final da contagem.

Harlley perdeu a visão dos dois olhos em 1999, em um acidente com arma de fogo. Três anos após o ocorrido, foi convidado por Antônio Tenório para praticar judô. Ouro até 73kg nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023; bronze no Pan-Americano do Canadá 2022; bronze nos Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019, Toronto 2015 e Guadalajara 2011; bronze no Campeonato das Américas em 2018 no Canadá; e ouro no Campeonato das Américas 2017 em São Paulo.

Trajetória de Lúcia Araújo nos Jogos Paralímpicos

A brasileira começou os Jogos Paralímpicos já nas quartas de final da categoria 57kg J2. Ela enfrentou Dayana Fedossova, do Casaquistão e acabou caindo para a repescagem com chave de braço aplicado pela adversária, fazendo a brasileira bater no tatame.

No confronto para voltar para luta pelo bronze, Lúcia venceu a argentina Laura Gonzalez de virada na última luta da sessão de eliminatórias. A brasileira perdia confronto, com imobilização feita por Gonzalez, mas conseguiu se desvencilhar antes dos 10 segundos. Mais ligada, a brasileira conseguiu duas projeções e se garantiu na disputa pelo bronze.

Lúcia Araújo nasceu com baixa visão devido a uma toxoplasmose congênita. A atleta começou a praticar judô aos 15 anos de idade por influência dos irmãos. Mas somente em 2006, aos 25 anos, conheceu a modalidade paralímpica. Ela soma algumas conquistas no esporte. São elas: ouro até 57kg nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023, o Pan-Americano do Canadá 2022, nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019, e no Campeonato das Américas 2017 em São Paulo; prata na Copa do Mundo IBSA 2017 no Uzbequistão, nos Jogos Paralímpicos Rio 2016 e Londres 2012, e na Copa do Mundo IBSA 2018 no Cazaquistão, e o bronze no Campeonato Mundial 2014 nos Estados Unidos, nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 e na Copa do Mundo IBSA 2018 na Turquia.

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