Lauro Chaman se apega a palavras da avó para se reerguer

Clichy-sous-Bois - Lauro Chaman tornou-se o único brasileiro a conquistar medalhas no ciclismo em Paralimpíadas, na Rio-2016. Desde então, o brasileiro bateu na trave cinco vezes, mas não conseguiu subir novamente no pódio. Para se reerguer após a participação em Paris, o ciclista se apegou às palavras da avó.

"Eu vou sempre lembrar da frase da minha avó que 'a gente ganha em quarto, ganha em quinto, ganha em sexto. Na vida a gente sempre ganha'. Cada um tem uma linha de onde começou e onde chegou. E sou muito grato de onde saí e hoje estar disputando com os melhores do mundo", enalteceu o brasileiro.

O atleta de 37 anos encerrou nesta sexta-feira (6) a participação na Paralimpíada. Ele começou com um 20° lugar no contrarrelógio 1.000m. Depois, sempre ficou no top-5. Foi quarto no contrarrelógio de estrada, e quinto na pista. Voltou a ser quinto na prova longa da estrada.

No momento da entrevista, Lauro assistiu pela primeira vez a chegada da sua última prova em Paris, o ciclismo de pista C4-5, para atletas amputados ou com deficiência nos membros superiores ou inferiores. Ele comentou que no sprint final para assegurar o quinto lugar, deixou para trás os três medalhistas do contratrarelógio. Foi um misto de satisfação, com desapontamento.

"Não ter vindo um pódio deixa um pouco chateado. Eu estou sempre meio que batendo na trave. Não tem como falar que é um sentimento muito feliz, mas eu sou grato. Não é feliz mas não é triste, é do esporte, a gente tem que saber que para uns ganharem outros têm que perder", ponderou.

"Sou muito grato pelos adversários, pela galera me considerar no meio do grupo, no pelotão, como um dos os atletas que estão sempre na disputa. Sou grato por ter conquistado esse espaço nesse grupo e, quem sabe, numa próxima eu consiga ir um pouco melhor", agradeceu.

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