Governo de SP reforça segurança para jogo da NFL em meio a reclamação de jogadores

Por Gabriel Araujo

SÃO PAULO (Reuters) - O governo do Estado de São Paulo reforçará a segurança antes da primeira partida da liga de futebol americano dos Estados Unidos, NFL, na América do Sul disse a gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) nesta quarta-feira, depois que jogadores se mostraram preocupados em viajar para o maior país da América Latina.

O Brasil vai receber a partida do Philadelphia Eagles contra o Green Bay Packers na sexta-feira na Arena Corinthians, na zona leste da capital paulista, o primeiro jogo da NFL no continente e primeiro jogo da semana de estreia da temporada regular da liga a ser disputado em uma sexta-feira desde 1970.

Jogadores dos Eagles manifestaram preocupação com a segurança na cidade, a maior do Hemisfério Sul.

"Tivemos uma reunião onde falaram sobre várias coisas que não podemos fazer. Então, só quero ir pra lá, vencer o jogo e voltar para a casa", disse o recebedor AJ Brown para repórteres.

Ele disse que os jogadores foram aconselhados a não andar pelas ruas segurando telefones celulares nas mãos.

"Não quero ir para o Brasil. Eles já disseram para a gente não sair do hotel. Eles falaram que a gente não pode fazer muita coisa, por conta da louca taxa de criminalidade", disse o jogador de defesa Darius Slay em um podcast. Ele se desculpou posteriormente em postagem no X para "qualquer um que eu tenha ofendido".

O governo do Estado de São Paulo disse que mobilizará batalhões especializados de policiais civis e militares para reforçar a segurança durante o jogo e colocará policiais nas ruas, estações de trem, de metrô, hotéis e atrações turísticas.

"Para garantir a segurança dos atletas, a Polícia Militar reforçará o efetivo na chegada das delegações no aeroporto de Guarulhos, nesta quarta-feira (4), e fará a escolta dos times até os hotéis e, posteriormente, aos locais de treino e ao estádio", disse o governo paulista em nota. As autoridades também vão realizar uma varredura de segurança antes da partida.

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Em 2023, o Brasil ficou em 17º no ranking dos países mais perigosos do mundo pela taxa de homicídios, de acordo com dados da Statista, abaixo de países latino-americanos como Equador e México — onde a NFL realiza partidas desde 2005, o que também gera preocupações sobre a segurança expressadas.

O Estado de São Paulo disse que a taxa local de homicídios é quatro vezes menor que a média nacional e é comparável com a da Califórnia, mas abaixo da capital dos Estados Unidos, Washington, por exemplo.

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