Pedro Barros: Primeiro lugar a que vou se preciso de algo é pista de skate
O Brasil teve na madrugada de hoje a sua 16ª medalha nos Jogos Olímpicos de Tóquio, que veio no skate park, com Pedro Barros, que conquistou a prata e destacou que, mais importante que o resultado, considera a experiência e a convivência por meio do skate, como uma família e com acolhimento nos momentos em que ele precisa.
Em entrevista exclusiva a Domitila Becker para o UOL News Olimpíadas, Pedro fala da importância da competição, de querer melhorar sempre, mas pontua que ela não pode estar acima de tudo.
"A gente vê quadro de medalhas, tudo o que acontece nas Olimpíadas assim ressaltando a vitória e isso é maravilhoso, é legal, a competição é algo que quando saudável é muito positiva, porque ela nos traz a evolução, ela nos traz essa vontade de dar o nosso melhor e isso é do instituto humano, sabe? A gente quer, se a gente não tiver essa vontade na vida, para que a gente vai sair da cama? Vou ficar lá relaxadão, dormindo, vendo TV, mas ter essas inspirações é o que nos fazem, eu, por exemplo, pegar e estar andando de skate hoje 7h da manhã", afirma o skatista.
"Eu quero também ser o melhor que eu posso ser naquilo, só que a gente não precisa passar por cima de ninguém, a gente não precisa atropelar ninguém, a gente não precisa querer o mal de ninguém, sabe? Isso aí pode até nos ajudar a chegar em algum lugar a curto prazo, mas a longo prazo não sustenta nada, então eu acho que essa foi a missão aqui, sabe? A gente tem essa missão de passar essa imagem, essa mensagem", completa.
O vice-campeão olímpico fala da convivência com os adversários, o que o público que não é do skate conseguiu acompanhar durante os Jogos Olímpicos e pontuou que eles se acolhem independentemente do nível de cada competidor, o que vale mais que o resultado.
"São muitas histórias que a gente poderia contar, mas a verdade é que esse laço realmente é maravilhoso e não tem muito palavras que possam descrever, porque você sente quando você está com seus amigos, quando você está com a sua família e no final é isso, o skate é uma família", diz Pedro.
"Eu, por exemplo, se chego em qualquer lugar diferente, o primeiro lugar que eu vou, se eu estou precisando de algo é para a pista de skate, porque eu sei que vai ter alguém ali para me acolher e eles não te acolhem por fama ou por quem você é ou pelo teu nível técnico, isso aí vai muito além de qualquer cosia que bens materiais assim possam comprar", conclui.
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