Bicicletas voadoras, patins a jato e outros esportes radicais do futuro já são realidade
Imagine a cena: Bob Burnquist pega o seu hoverboard e realiza uma manobra incrível na megarampa. A poucos metros dali, os atletas literalmente voam com suas bicicletas na pista de BMX. O que antes era apenas coisa de desenhos animados e filmes de ficção científica, hoje já é possível ver nas ruas de uma forma radical. E se fosse inventado um festival no estilo X Games do amanhã já saberíamos como seriam as modalidades.
Os patins a jato, como os usados pelo Coyote para perseguir o Papa-Léguas, já existem. Com o nome de Spnkix, eles têm um motor de 85 w de potência e chegam a atingir 12 km/h. O preço: R$ 1.800,00 (no site da empresa nos Estados Unidos). O Skataz, outro modelo semelhante, chega a ser mais potente, com um motor de 350 w, mas a venda ainda não foi anunciada.
O professor de patinação inline Robson Corvo, de 41 anos, que conheceu a modalidade no Ibirapuera, descartou a ideia de usar patins motorizados. "Meu esporte é o meu corpo, quem deve usar motor é o Coyote e não o Papa-Léguas", irrita-se Corvo. "Como descer uma rampa com aparelho pesado no pé, sendo que de patins, sem motor, apenas com a força física, você pode atingir uma velocidade ainda maior?", questiona.
Outro objeto futurista, que é chamado de jet ski voador, já está em operação no Brasil. Trata-se do Flyboard, um objeto criado pelo francês Franky Zapatta em 2011, que é rebocado por um jet ski e que voa propulsionado a partir de jatos d’água. Lançado no ano passado, ele custa cerca de R$ 35 mil.
Apesar de ter virado hit na Europa no último verão devido sua inovação e possibilidades de manobras como loopings, no Brasil a Capitania dos Portos proibiu a prática nas praias, por se tratar, na visão da Marinha, de um reboque de jet ski, o que pela atual legislação é proibido.
Outro equipamento com ares de ficção científica é o Martin JetPack, uma aeronave experimental pessoal, classificada como ultraleve pela Administração Aeronáutica Americana (FAA) e que foi lançada no ano passado. O produto pesa 114 quilos, tem uma envergadura de 1,68 metros e autonomia de vôo de 51 km, chegando a atingir 100 km/h. Mas o preço ainda está nas alturas – cerca de R$ 230 mil.
Quem quer voar em breve deve ter uma boa novidade. A empresa tcheca Ales Kobylik Technology já tem um protótipo disponível para lançamento de uma bicicleta voadora. A bike vai ser um pouco diferente daquela mostrada no filme E.T., O Extraterrestre. Movida por hélices que mais parecem uma borboleta, o modelo é bem robusto e lembra as primeiras aeronaves tripuladas do tempo de Santos Dumont.
Para quem curte o Superman, o suíco Yves Rossy também tem uma solução. Criou sua própria engenhoca e recentemente fez vários vôos experimentais com um equipamento chamado de Puro Vôo. Trata-se de uma asa vestível com dois jatos propulsores, que podem atingir 300 km/h, e que em uma de suas demonstrações voou lado a lado com um avião de caça.
Se o cotidiano de Os Jetsons é o seu sonho de consumo, é bom saber que os carros voadores já são uma realidade comercial. A empresa americana Terrafugia criou o Transition, um modelo híbrido que decola como um helicóptero na vertical e voa como um avião na horizontal. Já foi aprovado para uso público pelas autoridades da Califórnia e estará à venda em 2015 pelo valor estimado em R$ 564 mil.
Um outro produto radical remete ao filme Star Wars, que inventou a corrida de pods, veículos voadores velozes em uma competição semelhante a um rali aéreo. A empresa americana Aerofex já desenvolveu e apresentou no ano passado no deserto de Mojave, na California, um modelo que se assemelha a uma bicicleta voadora suspensa no ar por jato propulsores a 4,5 metros do chão, e que chegou a atingir 48 km/h. À princípio o protótipo não será vendido ao público, sendo distribuído apenas para uso militar.
O skate também já tem a sua versão futurista. A fabricante de brinquedos Mattel apresentou no ano passado na New York Fair uma réplica do cobiçado hoverboard, o skate voador utilizado por Marty McFly na trilogia De Volta para o Futuro (e sonho de consumo de nove entre dez adolescentes que cresceram vendo os filmes nos anos 80 e 90). O produto custa cerca de R$ 270.
O transporte urbano radical, entretanto, ainda não deve servir para competições, já que o brinquedo por enquanto serve apenas para deslizar. Mas já é o início de uma revolução que pode culminar no tão sonhado skate voador.
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