Morte de ídolos e quedas fantásticas marcam ano dos esportes radicais
Dois grandes nomes do esporte nacional vão terminar o ano de 2013 com a sensação de que tiveram sorte, apesar de sofrerem graves acidentes. Bob Burnquist e Maya Gabeira foram os protagonistas dos dois maiores sustos da temporada dos esportes radicais.
Maior ídolo brasileiro do skate, o multicampeão Bob Burnquist sofreu uma queda grave em agosto durante a prova de Big Air dos X Games em Los Angeles. Bob fraturou o nariz e ossos da face ao voltar de uma manobra na megarrampa e, apesar do susto doloroso, voltou a andar no mesmo dia.
“Foi a melhor coisa que me aconteceu”, afirmou o brasileiro ao explicar que o acidente o ajudou a corrigir um desvio de septo nasal.
Mas a queda mais espetacular do ano ocorreu na praia de Nazareth, em Portugal, em outubro, quando a surfista Maya Gabeira protagonizou um tombo que foi eternizado em fotos e vídeo em todo mundo. Depois de momentos de tensão na água, a brasileira foi resgatada pelo compatriota Carlos Burle.
O incidente foi duramente criticado pelo ídolo de surfe em ondas grandes Laird Hamilton. “Ela não tem a habilidade necessária. Ela não devia estar neste tipo de ondas. É responsabilidade do Carlos Burle tratar dela e ambos tem sorte que ela não tenha se afogado”, comentou Hamilton.
Maya está com a família no Rio de Janeiro, onde mora, ainda se recuperando do acidente, e passa bem.
O ano também foi marcado pela morte do músico e skatista Alexandre Magno Abraão, o Chorão, ídolo e maior porta voz do skate nacional. O vocalista do Charlie Brown Jr morreu em 6 de março, aos 43 anos, por overdose de cocaína. Skatista de freestyle desde suas origens em Santos e no Ibirapuera, onde fazia parte dos Ibiraboys, Chorão tinha uma paixão tão grande e contagiante pelo skate que deixou marcado em seus próprios braços uma tatuagem - Skate por Toda Minha Vida. Poucos meses depois o baixista da banda, Champignon, cometeu suicídio.
Outro nome que partiu em 2013 foi o lendário surfista havaiano Montgomerry Buttons Kuluhiokalani, em 02 de novembro, aos 54 anos - mesmo dia da morte de outro ícone do surfe – Andy Irons (dois anos antes, em 2011). Buttons fazia parte de um grupo seleto de feras que incluía Gerry Lopes, Eddie Aikau, Larry Bertlleman e Mark Lidell.
Outra perda trágica para os esportes radicais foi o piloto de snowmobile (moto de neve) americano Caleb Moore, em 31 de janeiro, aos 26 anos, depois de uma tentativa frustada de fazer um backflip (giro de 360 graus) com seu equipamento durante o X Games de inverno, no Colorado. Caleb já havia conquistado quatro medalhas nesse mesmo torneio.
Grande experiência também não foi o suficiente para o dublê (que fez a abertura dos Jogos Olímpicos de Londres em 2012) inglês Mark Sutton, de 42 anos, conseguir escapar do perigo extremo. Ele morreu depois de se chocar contra o chão em um acidente de wingsuit em 14 de agosto.
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