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Homem de 21 anos morre em acidente de parapente em Minas

Paulo Anshowinhas

Do UOL, em São Paulo

19/03/2014 10h05

Um acidente de parapente matou no último sábado o torneiro mecânico  Victor Laina na cidade de Bicas, em Minas Gerais. O homem, que tinha 21 anos, se chocou com a rede elétrica. Ele foi encontrado desacordado no solo, com o equipamento preso em fios de alta tensão. O corpo foi sepultado no domingo.

Esse foi o segundo acidente fatal com parapente registrado no Brasil em março. No início do mês, em Icapuí, a 210 km de Fortaleza, o instrutor de parapente Jamil Sales, de 33 anos e com milhares de saltos na bagagem, também morreu ao realizar um voo duplo, quando sua cadeira desprendeu da estrutura. Ele caiu de uma altura de 10 metros. O aluno que o acompanhava teve ferimentos na cabeça e nas pernas, mas sobreviveu.

Na terça-feira, um outro acidente de parapente quase matou um homem de 74 anos na cidade de Wolfenschiessen, na Suíça. Ele ficou pendurado sobre fios de um teleférico durante três horas até a chegada de socorro. Por sorte, foi resgatado com vida e não se feriu gravemente.

Outros praticantes não tiveram a mesma sorte, Apenas no mês de fevereiro, diversas mortes decorrentes de quedas de parapentes foram registradas nos Estados Unidos. No dia 8, em Plum Island, próximo a Nova York, um homem de 49 anos morreu depois que um parapente motorizado caiu no mar gelado. 

No dia 11, outro praticante de 34 anos foi encontrado morto na ilha de Maui, no Havaí, depois de ter caído e se enroscado em fios de alta tensão, o que ocasionou a suspensão de energia naquela parte da ilha. No dia 23, um homem de 54 anos tentou algumas manobras mais arriscadas próximo ao aeroporto de Cedar Valley, em Utah, mas seus paraquedas falhou e o reserva se enroscou no principal, o que resultou em sua queda fatal.

Em janeiro, em entrevista ao UOL Esporte, o ecordista brasileiro de distância de paramotor e juiz geral da Associação Brasileira de Voo Livre Sérgio Kawakami falou sobre os riscos da modalidade. "Em um esporte de competição a tecnologia e a pilotagem ao extremo fazem com que o piloto atinja o seu limite. Mas no geral o esporte é bem seguro, vai depender do piloto, do equipamento e da instrução que teve", disse.