A produção interna de produtos piratas é grande e é daí que saí a maior parte dos produtos que você vê em portas de estádio. O custo explica isso: "Por ser um produto têxtil, é fácil a produção clandestina e os titulares de marca tentam identificar a existência dessas fábricas", explica Vismona, do FNCP.
Para quem compra em outros canais, porém, os produtos ilegais chegam do exterior, por rotas de entrada que mudam sempre. "Em geral, você tem o contrabando de produtos fabricados na China e que entram via Paraguai e Bolívia. Também identificamos uma novidade: rotas vindas da Guiana. Outra possibilidade são os portos, dentro de contêineres", continua Vismona.
Recentemente, surgiu a oferta de "réplicas" em grandes sites de comércio eletrônico brasileiro. Alguns produtos contam com o selo de "réplicas perfeitas" e são, geralmente, produzidos na Tailândia. Vismona alerta que "réplica é apenas um nome bonito para falsa, pirata, ilegal".
"Temos que combater a oferta pela internet, e aí os grandes e-commerces têm responsabilidade. A plataforma precisa ser pró-ativa. No lugar de esperar denúncias para retirar, pode ter seus próprios mecanismos para apurar, antes da oferta, se aquele produto atende ou não à lei, se emite nota fiscal, se é original, se tem autorização do titular de marca. O grande desafio é estimular que os e-commerces atuem próativamente", afirma o presidente do FNCP.
Na data de publicação desta reportagem, o UOL Esporte pesquisou nos principais sites de venda do Brasil e não teve dificuldades em encontrar camisas de futebol abertamente descritas como réplicas.