A brasileira Tatiana Weston-Webb se prepara para disputar, a partir deste sábado, a primeira etapa da história do Circuito Mundial Feminino de Surfe 100% realizada em Pipeline, no Havaí, a onda mais famosa do mundo. Os 100% da frase fazem sentido pelo que aconteceu no ano passado: foi só depois da morte de um surfista amador por ataque de tubarão na baía de Honolua, onde estava acontecendo a etapa de Maui do circuito feminino, que os organizadores aceitaram levar uma competição completamente feminina para Pipeline.
Antes, contavam-se nos dedos as mulheres que já tinham competido na onda mais famosa do planeta. Para isso, precisavam ser convidadas em torneios masculinos. Era uma honra para poucas.
Hoje, a história será diferente. Pipe entrou definitivamente no calendário feminino depois do que aconteceu em 2021 e, pela primeira vez, os circuitos feminino e masculino, organizados pela WSL, a Liga Mundial de Surfe, terão etapas iguais. As premiações já são iguais desde 2019. Agora, as ondas também.
"As meninas vão se jogar, e algumas delas vão pegar o melhor tubo da vida em Pipe. É a oportunidade incrível de surfar com pouca gente, sem que venha algum surfista local que não vai te deixar entrar na onda. Vai escolher a onda que quiser", diz Silvana Lima, duas vezes vice-campeã mundial, em 2008 e 2009.