Foi lindo, cara!"
A frase que acompanha Abel Braga nunca definiu um momento tão bem quanto sua sétima passagem pelo Inter. Os colorados não podem dizer que faltou emoção. Foram tantas ao longo da temporada que a música "Emoções", de Roberto Carlos e Erasmo Carlos, de 1981, quando Abelão ainda era zagueiro, é a melhor maneira de traduzir esse momento lindo.
O Inter abriu o ano no barco dos técnicos estrangeiros e viveu o drama da saída de Eduardo Coudet —herói para alguns, vilão para outros. Entrou na montanha-russa de emoções com o fim da "Era D'Alessandro", a volta de Rodrigo Dourado e a disputa, ponto a ponto, pelo Brasileiro.
Como se embarcasse numa máquina do tempo, o Colorado olhou para Abelão e sentiu as mesmas emoções. Afinal, foram tantas já vividas, momentos que nunca esqueceu. A Libertadores, o Mundial, ele estava lá. E, com ele, novamente o time foi protagonista, vice-campeão brasileiro e batendo seu recorde de pontuação na era dos pontos corridos.
Ciente de tudo que o amor era capaz de lhe dar, Abel sofreu no início e não deixou de amar. Ele chorou, ele sorriu, e, o importante, é que as maiores emoções ele (re)viveu.