Belo e feminino

Nadadora Aimê Louise conta que amigas desistiram da natação por causa das mudanças no corpo



Textos Beatriz Cesarini e Paulo Favero
Fotos Marcelo Maragni

"A maioria das minhas amigas, quando a gente era mais novinha, na época que eu comecei a ver o esporte de uma maneira mais profissional, parou por causa do corpo, pela forma que estavam vendo o desenvolvimento dos ombros. Elas achavam que não era tão feminino".

Aimê Louise, nadadora de provas de velocidade da Unisanta.

A nadadora da Unisanta treina desde os nove anos. Desde os 12 é atleta. Hoje, com 22, é especialista nas provas de velocidade.

"A natação movimenta todo o corpo. Claro que envolve mais a parte superior, os ombros e as costas, mas é um condicionamento de força no corpo inteiro", diz Aimê Louise.

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"Cada esporte tem um trabalho específico e uma musculatura que se desenvolve mais. Até mesmo na natação percebemos essas diferenças, pois o atleta que é fundista possui corpo diferente do velocista. Fica nítido isso pela diferença na área do modalidade e até dos estilos e categorias".

Apesar de a parte superior do corpo ser bastante desenvolvida, a atleta de natação precisa ter força e velocidade nas pernas, seja para ter uma boa impulsão na saída do bloco como para manter o ritmo de pernadas durante a disputa.

"Eu gosto de como meu corpo ficou, acho bem bonito, e admiro também todas as atletas da natação".

A atleta explica que muitas amigas acabaram desistindo da modalidade por causa de algumas mudanças no corpo, principalmente nos ombros. "Imagino que tenha faltado um apoio para ver que também é bonito e assim continuar no esporte".

Aimê faz um trabalho de preparo físico três vezes na semana —os calos nas mãos são fruto da musculação, pesada. Todos os dias, têm também fisioterapia, exercícios de mobilidade e treino de abdômen. "Na água treinamos todos os dias, exceto aos domingos", comenta.

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Para além dos treinos, Aimê toma muitos cuidados com o corpo para poder ter uma carreira longeva. A atleta não se classificou para os Jogos Olímpicos de Paris, mas ficará na torcida pelos brasileiros da modalidade.

"Eu tenho costume de hidratar o corpo duas vezes ao dia, com óleos corporais e hidratantes de boa qualidade. Também faço hidratação do cabelo três vezes por semana porque o cloro é realmente muito agressivo. Além disso, tenho cuidados com a alimentação e ingestação de água", diz a nadadora.

Fotos: Marcelo Maragni

Reportagem: Beatriz Cesarini e Paulo Favero

Designer: Bruna Sanches

Edição: Paulo Favero

Este é uma parte da série

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