Quando se fala em melhor jogador (ou jogadora do mundo), quais nomes vêm à cabeça? Lionel Messi, com seis prêmios da Fifa, Cristiano Ronaldo (com cinco) ou Marta (também com seis), certo? Seria a resposta óbvia, mas no futsal o nome dominante é o de Amanda Lyssa, ou simplesmente Amandinha, que ganhou o sétimo prêmio de melhor do mundo no mês passado.
A cearense de 26 anos e apenas 1,58 de altura é unanimidade nas quadras de futsal. Os pés, tamanho 34, fazem estrago nas defesas adversárias. A velocidade, a inteligência e o espírito de liderança (dentro e fora da quadra) fazem da jovem alvo certeiro para as propostas do exterior e até para se aventurar no futebol de campo, como fez o ídolo Falcão. Mas ela diz não. Prefere continuar no Leoas da Serra, de Lages-SC, time pelo qual atua há quase cinco anos. Tudo por um firme propósito: ajudar a mudar o patamar do futsal no Brasil.
Se vai dar certo? Não se sabe. Mas que ela está há muito tentando, é fato: dos quitutes vendidos com a mãe em Fortaleza, passando pelas orientações do primeiro técnico, André Lima, aos desafios para ser aceita em times apenas de meninos e um grave problema de saúde que a fez temer pela vida, até à postura de líder e agente política, ela está tentando.