Pelo Borussia Dortmund, Amoroso foi artilheiro e conquistou o título do Campeonato Alemão na temporada 2001/2002. Também foi vice-campeão da Copa da Uefa, torneio em que marcou três gols na semifinal contra o Milan de Maldini, Pirlo e Gattuso. Era difícil alguém que apresentasse credenciais melhores, mas isso não foi suficiente para uma convocação à Copa do Mundo do Japão e da Coreia do Sul após aquela temporada.
"Eu falo para você que teria vaga naquela seleção, sim", reflete, quase 20 anos depois: "Fica uma mágoa? Fica, porque o sonho de todo jogador, desde menino, é defender seu país nas competições mais importantes."
Para Amoroso, se futebol é momento, ele deveria ter sido convocado por Felipão em 2002. Isso sem contar a participação no título da Copa América três anos antes, com quatro gols em seis jogos e o título sob o comando de Vanderlei Luxemburgo. Parecia uma escolha óbvia.
Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo Fenômeno e Rivaldo. Para esses três eu poderia não ser convocado, mas por todos os outros que foram eu brigaria de igual para igual ou até teria mais chances."
Amoroso não participou do penta. Rivaldo, Ronaldo e Ronaldinho, sim. Além de Denílson, Kaká, Luizão e Edílson. O título mundial só veio três anos depois, com a camisa do São Paulo, clube em que hoje é ídolo e torcedor corneteiro. Aos 47 anos, o agora empresário, pai de jogador e comentarista da ESPN contou ao UOL Esporte o que pensa de futebol e da vida em suas alegrias e mágoas.
Se a concorrência pelo ataque da seleção acontecesse hoje, o goleador não tem dúvida: "Amoroso, Neymar e mais nove. Fácil, fácil (risos)".