Final de tarde, conclusão da mais extenuante —emocionalmente falando— sessão de entrevistas para coleta de informações para a biografia de Anderson Silva. O "Spider", a princípio, havia relutado em falar sobre episódios bastante traumáticos que haviam sido previamente "cantados" por pessoas do seu entorno.
A pauta era pesada e incluiu lembranças dolorosas, como a morte de sua segunda filha, Keiry, ainda recém-nascida, o dia em que foi enquadrado pela polícia e a primeira vez em que foi alvo de racismo, quando trabalhava em uma rede de fast food.
Anderson concordou em contar os episódios. Com calma e serenidade na voz, ele se esforçava para lembrar os detalhes e tudo parecia bem. Foi nesse momento que o homem, e não o lutador que, naquela época, era incontestavelmente o maior do mundo, surgiu. O dia de fúria que você vai ler aqui mostra um lado emocional do campeão - agora aposentado do UFC - que ele sempre tenta esconder.