O último chute?

Anderson Silva se prepara para luta final no UFC, mas aposentadoria do MMA ainda é incógnita

Brunno Carvalho Do UOL, em São Paulo Zuffa LLC via Getty Images

Anderson Silva se sentou em frente ao seu computador para uma entrevista virtual apenas com a imprensa brasileira. A coletiva foi na última quarta-feira (28). O sorriso no rosto e o ar de tranquilidade permanecem ao longo de todo o compromisso. Por mais de 30 minutos, o ex-campeão dos médios do UFC respondeu a perguntas que giraram em torno do mesmo assunto: a possível aposentadoria.

Ele se esquivou de dar uma resposta direta da mesma maneira que se livrava dos golpes desferidos por seus adversários quando estava no auge da carreira. Em alguns momentos, deixou claro que sua vontade é continuar. Em outros, no entanto, tratou o fim da carreira como inevitável.

As falas dúbias deixaram uma incógnita até mesmo para o UFC. A organização só começou a promover o combate deste sábado (31) contra o jamaicano Uriah Hall como uma despedida depois que o próprio Anderson disse que seria a última luta. Desde então, no entanto, o discurso do brasileiro foi e voltou. "Pode ser que seja a última, pode ser que não".

A pergunta parece que ficará sem uma resposta concreta até a hora da luta — ou mesmo depois dela. Ainda que deixe o UFC, isso não necessariamente significará uma aposentadoria do MMA. Aos 45 anos, Anderson diz ainda ter "muita lenha para queimar".

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"Eu tenho muita lenha para queimar"

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"Meu desejo é continuar". Mas...

Essa linha de reaciocínio de que tem "lenha para queimar" é a que Anderson trabalha quando deixa a entender que sua vontade é permanecer dentro do esporte. Por vezes, ele quase diz abertamente que vai prosseguir, mas logo em seguida contra-ataca com frases pouco claras.

"Meu desejo é continuar, com certeza. Mas vamos aguardar", diz, logo depois de afirmar que os questionamentos sobre a aposentadoria "são perguntas que eu não tenho resposta".

A incógnita permanece até mesmo dentro de sua equipe. O preparador físico do brasileiro, Rogério Camões, afirmou recentemente ao "Portal Vale Tudo" que ninguém no camp dele está trabalhando como se fosse a última vez.

"Em todas as conversas que eu tive com o Anderson, ele sempre diz que não quer parar, que quer lutar, que luta porque ama e ainda tem muita vontade de lutar. Ele fazer a última luta no UFC não quer dizer que ele vá parar de lutar".

Friedemann Vogel/Zuffa LLC via Getty Images Friedemann Vogel/Zuffa LLC via Getty Images

Papo sobre aposentadoria começou com Dana

A primeira pessoa a falar sobre a aposentadoria de Anderson Silva foi Dana White, presidente do UFC. Quando anunciou, em 19 de agosto deste ano, que o brasileiro enfrentaria Uriah Hall, o chefão disse ter feito um acordo com os empresários do "Spider" para que a luta que se aproxima fosse a última dele pela organização.

A informação poderia simplesmente ser tratada apenas como a saída de Anderson do UFC, se não fosse o complemento de Dana. "Acho que ele vai se aposentar", disse, antes de relativizar e jogar a responsabilidade para o brasileiro.

"Mas escute: isso não é com a gente. Isso depende dele, vamos deixar para ele decidir, vamos deixar ele fazer do jeito que quiser".

Mas o estrago já estava feito. Todo mundo queria saber se Anderson ia parar ou não. Isso, no entanto, é coisa que nem ele mesmo diz. Sobre o tal acordo feito entre o UFC e seus empresários, o brasileiro se limitou a falar que a organização está promovendo a luta da maneira correta. "Porque talvez seja a minha última luta no UFC, sim. Mas vamos esperar para ver o que vai acontecer".

A luta contra Uriah Hall não encerra o contrato de Anderson com o UFC. Oficialmente, ele tem mais um combate previsto dentro da organização. É esse o ponto que mais levanta dúvidas: o Ultimate irá liberar o brasileiro dessa obrigação?

Quando não existe mais uma complacência entre as relações e você se sente fora do 'game', então é hora de rever os conceitos sobre o que vale a pena. Amo lutar, é meu ar, mas acho que a minha história do UFC acaba por aqui

Anderson Silva, em entrevista ao "Conversa com Bial"

Por que ele é uma lenda?

É possível que você consiga pensar em lutadores mais completos que Anderson Silva. Jon Jones, por exemplo, tem um jogo de chão muito mais aguçado. Mas você não vai encontrar alguém mais dominante que Anderson. É isso que o transformou em lenda.

Esqueça os últimos sete anos de derrotas, lesões e polêmicas com doping. O legado de Anderson Silva foi construído antes disso. Até hoje, ninguém conseguiu se manter campeão no UFC por tanto tempo quanto ele —e sem grandes polêmicas (sim, a referência é a Jon Jones). Foram quase sete anos sem sair do trono, até a fatídica luta contra Chris Wediman, em 2013.

Anderson estreou no UFC em junho de 2006 com uma vitória contra Chris Leben. Na segunda luta, quatro meses depois, já tirava o cinturão de Rich Franklin. Durante seu reinado, o brasileiro acumulou 15 vitórias consecutivas e defendeu com sucesso seu cinturão por 11 vezes, marca superada apenas por outros três grandes nomes da organização: Georges St-Pierre (12), Demetrious Johnson (13) e Jon Jones (14).

Mas não foram apenas os números que construíram a lenda. A maneira como Anderson nocauteava os adversários impressionava o público. Esquivando-se à la Muhammad Ali, era capaz de encerrar uma luta inesperadamente. Foi assim com Forrest Griffin e Vitor Belfort. Quando o estilo parecia não ser suficiente, uma finalização que ninguém esperava aparecia, como aconteceu contra Chael Sonnen.

As vitórias que consolidaram a lenda

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Forrest Griffin (2009)

O duelo contra o americano consolidou Anderson como uma das estrelas do UFC. Ele já era campeão dos médios, mas vinha de combates mornos. Naquele dia, Anderson deu show. Sua velocidade e esquivas aguçadas impediam que os socos de Griffin o encontrassem. No final do primeiro round, o americano iniciou uma sequência de dois socos no vento. Quando tentou o terceiro, a resposta veio com um direto no seu queixo: nocaute fulminante.

AP/Julie Jacobson

Vitor Belfort (2011)

Não é exagero dizer que essa luta apresentou Anderson ao público brasileiro. O UFC ainda engatinhava por aqui, e o carioca trazia, além de seu cartel respeitável no MMA, a fama de ter participado da Casa dos Artistas. As promoções e notícias no Brasil davam mais destaque a Belfort, mas foi o golpe de Anderson que marcou época. Com pouco mais de três minutos de luta, o "Spider" acertou um chute direto no queixo do rival, que desabou.

Donald Miralle/Zuffa LLC via Getty Images

Sonnen (2010 e 2012)

O jeito falastrão do americano criou o vilão ideal no imaginário do torcedor. Sonnen foi muito superior no primeiro duelo entre eles, mas "Spider" conseguiu uma finalização milagrosa nos últimos minutos do quinto round. Depois, foram dois anos de intensa provocação -- grande parte vinda de Sonnen -- até eles se encontrarem mais uma vez. Anderson, dessa vez, resolveu o assunto em dois rounds, nocauteando o americano e seguindo dominante nos médios.

Quais são os principais momentos de Anderson Silva?

Repórteres especializados em MMA respondem

Spider já dava show antes do UFC

O Anderson Silva do UFC era um produto pronto. Mas que não foi construído pela equipe de Dana White na mais influente franquia de MMA da história. Antes dos EUA, Anderson colecionava lutas que começavam a moldar a estrela —principalmente no Japão. Uma das principais aconteceu em 2001, no Shooto, tradicional evento japonês.

O brasileiro ainda era um novato no MMA quando teve a chance de disputar o cinturão contra o já experiente Hayato Sakurai, dono de 18 vitórias e nenhuma derrota. Mas a "zebra" aconteceu e, após três rounds, Anderson venceu o japonês por decisão unânime e conquistou o cinturão. "Aquela noite foi um divisor de águas. Marcou uma reviravolta na minha maneira de pensar, na minha autoestima, na minha autoconfiança. Apesar de ter decidido que merecia uma vida melhor depois da morte da minha filha, foi naquele momento, com aquela vitória, que algo maior em mim despertou. 'Posso mais do que isso, posso ser muito mais', me convenci", escreveu Anderson em sua biografia "Anderson Spider Silva - O Relato de um campeão nos ringues e na vida" —escrita em parceria com o jornalista Eduardo Ohata.

Apesar da vitória marcante, Anderson ainda demorou para se consolidar no MMA. Isso só foi acontecer na Inglaterra, no Cage Rage. Em 2004, ele conquistou o título dos peso médio da organização em um combate contra o inglês Lee Murray. Na terceira defesa do cinturão, em 2006, contra o norte-americano Tony Fryklund, Anderson aplicou um dos nocautes mais impressionantes de toda a sua carreira. Com pouco mais de dois minutos de luta, o brasileiro desferiu uma cotovelada de baixo para cima em cheio no rosto do oponente, que desabou. Foi a última luta antes de o "Spider" ser contratado pelo UFC e começar sua dinastia.

Josh Hedges/Zuffa LLC via Getty Images Josh Hedges/Zuffa LLC via Getty Images

Minotauro "salvou" a carreira de Anderson

Após a vitória sobre Hayto Sakurai, em 2001, Anderson teve um período de instabilidade, sobretudo, no Pride. Os resultados fizeram com que ele cogitasse a aposentadoria após ser finalizado por Daiju Takase, em junho de 2003. Mas um pedido de Minotauro, à época já uma lenda do evento japonês, fez com que ele decidisse dar mais uma chance para sua carreira. "Eu falei: 'Anderson, não para agora. Me dá mais três lutas que eu te coloco para ser campeão mundial", relembra Minotauro.

Anderson e Minotauro se conheceram em uma época em que as rivalidades entre academias imperavam no Brasil. O "Spider" pertencia à curitibana Chute Boxe, enquanto Minotauro treinava na carioca Brazilian Top Team. Interação entre os membros era algo tão improvável quanto um palmeirense comemorar gol do Corinthians.

Ainda assim, Minotauro decidiu apostar no lutador que conheceu quando estava ajudando Roan "Jucão", que enfrentou "Spider" no começo de 2002. Anderson venceu aquele combate e Minotauro enxergou que ali estava um futuro campeão. "Eu comecei a estudá-lo para preparar a estratégia do Jucão e, na hora, eu percebi que ele era o 'cara'. Ele sabia fazer guarda, se jogava bem no chão, tinha o muay-thai, a distância. Comecei a ficar fã do cara".

A luta que Anderson pensou em se aposentar já tinha o dedo de Minotauro. Lenda do Pride, ele abriu mão do bônus que receberia pelo combate feito contra Fedor Emelianenko para que a bolsa do "Spider" pudesse ser paga. Mas essa não foi a única ajuda de Minotauro. Anderson contou, durante sua participação no "Conversa com Bial", que recebeu uma importante ajuda financeira do amigo para que não desistisse. "Do nada, me deu R$ 20 mil e falou: 'segura, paga suas contas e vem para cá treinar que eu vou te botar para lutar de novo'. Sem me conhecer. Graças a Deus estou no esporte por causa dele".

Jed Jacobsohn/Zuffa LLC via Getty Images Jed Jacobsohn/Zuffa LLC via Getty Images

"Anderson é o Mike Tyson do UFC"

Não é à toa, portanto, que Rodrigo Minotauro é o pai de Anderson no MMA, mesmo sendo um ano mais novo. Longe do possível último camp do amigo por causa de compromissos o UFC (ele é embaixador da organização), o ex-atleta tem dificuldades de imaginar o futuro de Anderson distante do Ultimate.

"Sinceramente, não consigo. A imagem do Anderson e do UFC andam juntas. Estava nas Maldivas uma vez e um nativo veio me vender coco e falou: 'Anderson Silva, Brasil, Anderson Silva'. Perguntei se ele conhecia o Pelé, o Ronaldo, mas ele não conhecia ninguém, só o Anderson Silva. O Anderson Silva, para gente, é o Mike Tyson do UFC", sentencia.

Diferentemente do que pode acontecer com Anderson, Minotauro decidiu se aposentar dentro do UFC. Na sua última luta, foi derrotado por Stefan Struve em 2015, no Rio de Janeiro. Agora, trabalha como embaixador da organização e promete não interferir na decisão do amigo.

O Anderson deixou um legado incrível para o mundo como um artista marcial. Mas no momento que ele decide, o cara sabe. No momento que o mestre decide parar, respeita o mestre

Rodrigo Minotauro, ex-lutador de MMA

Jayne Kamin/Oncea- USA Today Sports Jayne Kamin/Oncea- USA Today Sports

A lesão que mudou tudo

As imagens da canela esquerda de Anderson Silva dobrada ao meio no choque contra a perna do americano Chris Weidman foram retransmitidas à exaustão —e em câmera lenta— pelas televisões do mundo inteiro. Uma das piores do MMA, a lesão ocorrida em dezembro de 2013, durante o UFC 168, é o momento mais marcante da carreira de Anderson Silva.

O brasileiro, então com 38 anos, tentava retomar o cinturão dos meio-médios que o próprio Weidman havia lhe tirado quatro meses antes, acabando com sua invencibilidade de quase sete anos. A luta era tratada com grande expectativa pela imprensa e pelo público, já que a vitória do americano em agosto daquele ano era apontada como sorte.

No cage, Weidman provou que não tinha sido sorte. Dominou o primeiro round e o segundo assalto mal havia começado e, logo no primeiro minuto, Anderson soltou o chute com a esquerda, uma de suas marcas, que foi defendido por Weidman. A perna do "Spider" parecia borracha no ar. Anderon caiu com um grito. O brasileiro saiu da MGM Grand Garden Arena, em Las Vegas, direto para o hospital. Havia fraturado a tíbia, segundo maior osso do corpo humano, e a fíbula. Os médicos colocaram uma haste e um parafuso na perna de Anderson.

Na época, muita gente apostou que Anderson não voltaria a lutar, tamanho o estrago da lesão e a idade já avançada para um lutador. Mas o brasileiro não desistiu e, depois de 13 meses, voltou ao octógono.

O ruim de tudo foram os meses que sucederam. Eu tinha que ficar com perna para cima porque não tinha circulação do sangue. Quando eu botava a perna para baixo, bombava todo sangue. Era uma dor insuportável. Não desejo para ninguém

Anderson Silva, sobre a lesão em "Conversa com o Bial"

Diego Ribas / AG.Fight/UOL

Os casos de doping

O combate de Anderson Silva contra o norte-americano Nick Diaz, em janeiro de 2015, era um dos mais aguardados pelos fãs de MMA de todo o mundo. Afinal, era a volta do ex-campeão. Havia no ar a dúvida se ele voltaria a ser o "Spider" após a duríssima lesão contra Weidman. E Anderson conseguiu a vitória por decisão unânime, usando todo o seu jogo, inclusive chutes com a perna esquerda, surpreendendo até mesmo o adversário. "Eu achei que ele não ia chutar com aquela perna, mas depois de algum tempo ele começou a chutar muito forte", disse Diaz após o combate.

Após ser declarado vencedor, Anderson desabou mais uma vez, mas agora, de emoção. "Esse momento é muito importante para mim, para a minha família e todos os brasileiros. Queria agradecer a todos que vieram aqui e a minha equipe médica, que cuidou de mim durante esse tempo que fiquei afastado. Só eu sei o que passei durante minha recuperação", disse depois da luta.

Apesar da decisão dos juízes, oficialmente a luta terminou sem resultado. Anderson testou positivo para o uso de esteroides anabolizantes em um exame realizado três semanas antes do confronto. O brasileiro foi suspenso, e, em nota, o UFC se declarou "decepcionado" com o ex-campeão.

Dois anos depois, o nome de Anderson Silva voltou a ser relacionado com doping. Em novembro de 2017, ele foi retirado do combate contra Kelvin Gastelum em uma decisão "preventiva" do UFC. Em fevereiro do ano seguinte, a Usada (agência norte-americana de dopagem) acusou que ele havia usado testosterona e diurético antes da luta. A suspensão, inicialmente de quatro anos, foi reduzida para um ano depois que o brasileiro e sua equipe conseguiram provar que ele usou um suplemento de farmácia de manipulação que havia sido contaminado pelas duas substâncias proibidas. Na época, Anderson declarou que se sentia "vingado".

O melhor de todos os tempos? "Discussão sem sentido"

Anderson dominou a categoria dos médios por quase sete anos. Durante seu reinado, soava como heresia não classificá-lo como o melhor lutador de todos os tempos. Mas como o brasileiro perdeu a coroa há muito tempo, e a lesão na perna os casos de doping o deixaram afastado das vitórias, outros lutadores passaram a ser cogitados.

O mais recente embate se deu por causa da aposentadoria de Khabib Nurmagomedov. Dana White disse que o russo era o melhor de todos. Jon Jones se irritou e exigiu que ele fosse reconhecido como rei. Nas discussões que se seguiram, outros nomes surgiram. Anderson garante, entretanto, que não liga para esse tipo de debate.

"Para mim, não existe essa discussão. O que existe são momentos, pessoas que foram melhores em determinados momentos. O Georges St-Pierre teve o momento dele, o Royce Gracie também, Jon Jones, Khabib e tantos outros. Você tem os melhores momentaneamente e daqui a pouco ele passa. Acho muito prematuro e meio sem sentido".

Um amigo meu fala que legado não é o que você deixa para as pessoas, é o que você deixa nas pessoas. Acho que eu deixei um legado de amor, carinho e persistência. É isso que acompanha minha carreira e minha trajetória.

Anderson Silva

Buda Mendes/LatinContent via Getty Images

Futuro em aberto

Invariavelmente, as conversas sobre a saída de Anderson do UFC são acompanhadas sobre especulações sobre o futuro dele, caso a ideia de pendurar as luvas seja de fato descartada. Mais uma vez, o "Spider" usa a esquiva para não responder, mas solta alguns desejos. Um deles é a possibilidade de fazer uma luta de boxe.

Por muitos anos, Anderson sonhou em enfrentar Roy Jones Jr, seu grande ídolo, mas o UFC não o liberou. Sem lutar desde 2018, o norte-americano de 51 anos fará um combate de exibição contra Mike Tyson, no fim do mês de novembro.

"Tudo é possível", diz Anderson sobre lutar boxe. "Estou bem na expectativa para ver essa luta entre o Roy Jones e o Mike Tyson, que são dois grandes ídolos que eu admiro. E vamos esperar para ver o que vai acontecer. O futuro promete muitas coisas: pode ser que aconteça, pode ser que não".

Caso o desejo seja continuar no MMA, caminhos são o que não faltam. Seus ex-rivais Vitor Belfort e Chael Sonnen agora estão no One FC e no Bellator, respectivamente. Uma revanche contra algum deles traria a nostalgia dos tempos em que Anderson parecia ser imbatível.

"Vamos focar agora no Uriah Hall e esperar o resultado para gente tomar as próximas decisões", se esquiva novamente.

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