Anderson Silva se sentou em frente ao seu computador para uma entrevista virtual apenas com a imprensa brasileira. A coletiva foi na última quarta-feira (28). O sorriso no rosto e o ar de tranquilidade permanecem ao longo de todo o compromisso. Por mais de 30 minutos, o ex-campeão dos médios do UFC respondeu a perguntas que giraram em torno do mesmo assunto: a possível aposentadoria.
Ele se esquivou de dar uma resposta direta da mesma maneira que se livrava dos golpes desferidos por seus adversários quando estava no auge da carreira. Em alguns momentos, deixou claro que sua vontade é continuar. Em outros, no entanto, tratou o fim da carreira como inevitável.
As falas dúbias deixaram uma incógnita até mesmo para o UFC. A organização só começou a promover o combate deste sábado (31) contra o jamaicano Uriah Hall como uma despedida depois que o próprio Anderson disse que seria a última luta. Desde então, no entanto, o discurso do brasileiro foi e voltou. "Pode ser que seja a última, pode ser que não".
A pergunta parece que ficará sem uma resposta concreta até a hora da luta — ou mesmo depois dela. Ainda que deixe o UFC, isso não necessariamente significará uma aposentadoria do MMA. Aos 45 anos, Anderson diz ainda ter "muita lenha para queimar".