Não foi um gol de título, mas foi comemorado desta forma pela torcida do Flamengo. No dia 23 de novembro de 1981, o então atacante Anselmo saiu do banco de reservas do Estádio Centenário, em Montevidéu, para entrar para a história rubro-negra ao protagonizar um episódio tão marcante quanto os gols do Zico diante do Cobreloa, do Chile.
Com a vitória por 2 a 0 já encaminhada, e a taça da Libertadores de 1981 quase na mão, o técnico Paulo César Carpegiani não teve dúvidas: era hora de dar o troco depois de tanta porrada recebida ao longo de três confrontos.
E foi essa a única instrução do técnico ao jogador. Anselmo entrou aos 43 minutos do segundo tempo, deu um soco na cara do chileno Mario Soto, foi expulso em seguida e desencadeou uma pancadaria generalizada — que terminou com esconderijo na banheira, apreensão e até explosão.
No final das contas, não é exemplo para ninguém. Mas foi ótimo para a torcida. Ficou como um episódio que marcou minha vida com a torcida do Flamengo. Se foi bom para eles, foi bom para muita gente. O que eles fazem na arquibancada não existe."
Anselmo em entrevista ao UOL Esporte.
Em conversa por telefone, o "ídolo às avessas" do primeiro título continental do Mengão recordou os minutos que mudaram para sempre a sua vida. O resto é história.