Quando Mercedes e Red Bull rivalizaram para atrair um adolescente holandês de sobrenome famoso e que tinha pouquíssima experiência com carros de fórmula, parecia distante a possibilidade de Max Verstappen se tornar campeão da Fórmula 1. Distante, mas os olhos de lince das equipes enxergaram que dava, sim, para encurtar esta distância.
A Red Bull ofereceu um caminho mais direto e contratou o piloto então com 16 anos e que mal tinha saído do kart. Sete anos depois, celebra o primeiro título de sua estrela. E não foi um título qualquer: Verstappen bateu o heptacampeão Lewis Hamilton em uma das temporadas mais disputadas da história da Fórmula 1, colocando-se como o grande candidato a tomar o bastão do inglês de 36 anos.
Aos 24, Max é um dos pilares da renovação de uma categoria que voltou a atrair os mais jovens. Agressivo dentro das pistas e sem se importar muito com o que dizem sobre ele fora delas, cresceu em clima de cobrança ostensiva. O pai, o ex-piloto Jos Verstappen, cujos números na F1 são pouco impactantes, não admitia que o filho errasse.
Max já ultrapassou o pai —que nunca ganhou uma corrida sequer pela Fórmula 1. Aos 17 anos, se tornou o piloto mais jovem a participar de um fim de semana de corrida; com a mesma idade, se consagrou o mais jovem a marcar um ponto na F1, no GP da Malásia de 2015. Aos 18, foi o mais novo a liderar uma corrida de Fórmula 1, a chegar ao pódio da modalidade e a vencer uma corrida. Max é o primeiro holandês a vencer na categoria.
Para o pai, entretanto, esses números não seriam importantes sem o título mundial. Agora, ele chegou.