O significado do nome Beatriz tem origem do latim "beare", aquela que traz felicidade. É exatamente esse sentimento que Beatriz Haddad Maia vem despertando nas últimas semanas. A tenista fez uma campanha memorável e deixou seu coração em Roland Garros, um torneio que carrega um carinho especial entre os brasileiros por causa de Gustavo Kuerten, campeão em 1997, 2000 e 2001.
Mais de 20 anos depois, Bia mobilizou o país pela modalidade novamente ao alcançar marcas inéditas no tênis do Brasil e ganhar espaço como ídolo nacional mesmo após parar na semifinal diante da atual campeã e número 1 do mundo, Iga Swiatek.
O Brasil sorriu com Bia a cada grito de vibração em pontos conquistados, feições incrédulas e lágrimas quando percebeu o quão longe havia chegado. Ela também emocionou ao deixar um recado aos avós na câmera da transmissão do torneio e fez a torcida revisitar o sentimento de acompanhar Guga desenhando um coração no saibro daquela mesma quadra.
A conquista de Bia faz parte da construção de uma maturidade como tenista que vem ao longo dos anos. Ela está mais forte, mais resistente e consolidou uma equipe multidisciplinar que a ajuda a atingir seu melhor desempenho físico e psicológico. O resultado está aí. A tenista levou o Brasil à semifinal de um Grand Slam após 22 anos e poderá entrar no top 10 do mundo.