Vem aí uma mudança e tanto no Brasil com a regulamentação das apostas esportivas. Está para nascer uma nova cultura de palpites entre brasileiros, muito diferente da febre da loteria dos tempos da Zebrinha do Fantástico. Mais do que isso, a expectativa é de que o setor despeje "rios de dinheiro" no futebol do país.
Há que diga que existe "um cheque de R$ 190 milhões" em patrocínios para clubes, que será assinado assim que o setor entrar em vigor na prática. Isso é quase 30% maior do que a Caixa investiu em times brasileiros ano passado, na despedida do banco estatal do papel de mecenas do futebol nacional.
Quem argumenta a favor das apostas fala em previsão de tributos bilionários ao governo e na criação de um novo segmento de atividade, que pode beneficiar profissionais de várias atividades. O brasileiro que já joga em sites estrangeiros também pode se dar bem, sabendo melhor com quem lida. Hoje, ainda com o setor sem regulamentação, tem gente no país que vive de palpites.
Mas a regulamentação das apostas também traz desafios complexos ao Brasil. O primeiro deles é proteger a integridade do esporte, principalmente contra a ameaça de esquemas de manipulação de resultados. Também será necessário estabelecer critérios para tirar de cena empresas sem credibilidade. Por fim, criar mecanismos que inibam o vício em jogo entre brasileiros também será uma missão obrigatória.