De pouco movimento, a rua Cristina Maria de Assis era conhecida apenas pelos moradores do bairro Califórnia, na Região Noroeste de Belo Horizonte. Mas hoje ela já virou uma espécie de Meca dos torcedores do Atlético-MG. Afinal, seu número 202 marca o endereço da obra de construção do estádio comercialmente batizado de Arena MRV.
Com 60% das obras concluídas, a previsão de atingir os 100% está mantida para outubro. No entanto, como é necessário uma série de etapas e testes para que o estádio seja liberado para receber a capacidade total de público, o primeiro jogo do time profissional masculino está marcado para maio de 2023. A ideia é fazer um amistoso contra algum clube da Europa, mas essa é uma conversa para outro momento.
A futura casa do Atlético, chamada oficialmente de estádio Elias Kalil (presidente do clube de 1980 a 1985 e pai de Alexandre, prefeito de Belo Horizonte e também ex-presidente do Galo), terá capacidade para 46 mil pessoas. Ainda não foi entregue, mas já é um sucesso de público. O local virou um ponto de peregrinação —basta ficar por cinco minutos na entrada para constatar a quantidade de torcedores que passam por ali apenas para conseguir uma fotografia com o futuro estádio do Galo ao fundo.
"Todo atleticano, pelo menos uma vez na vida, tem que visitar a Arena MRV", diz Reinaldo, o maior artilheiro da história do Galo, com 255 gols.
Agora, tem uma coisa: quem estiver mais apressado talvez nem precise desviar tanto a rota assim para ver a construção. Vista de diversos pontos da cidade, a Arena MRV é ainda mais imponente para quem passa pela Via Expressa, avenida que será o principal acesso à nova casa alvinegra. Embora menor do que o Mineirão no quesito capacidade, a Arena é mais alta. São 48 metros de altura do gramado até o teto, cerca de dez metros a mais do que o Gigante da Pampulha.