Arnaldo Cezar Coelho foi o primeiro brasileiro a dirigir uma final de Copa do Mundo, em 1982, na Espanha. Mas seu principal legado ao futebol do país não veio propriamente atuando nos gramados. Após "pendurar o apito", o carioca consagrou um papel nas transmissões esportivas nacionais como comentarista de arbitragem, em função que hoje emprega diversos ex-juízes na TV.
"Pode isso, Arnaldo?". Foi com esse bordão que o ex-árbitro entrou na sala dos brasileiros por três décadas na parceria histórica com Galvão Bueno. Um dueto nas cabines de transmissões que acabou com lágrimas ao vivo na Rússia, ano passado.
Em uma longa entrevista ao UOL, Arnaldo falou sobre a decisão de deixar a TV, de como a exposição na mídia o ajudou na bolsa de valores e muito mais. O clássico parceiro de Galvão relata bastidores dos anos de Globo, com direito a "furo" de reportagem e de duelo por espaço com o colega José Roberto Wright.
Mesmo aposentada, a autoridade do apito nacional mantém o olho crítico: "O VAR é um grande negócio. Uma multinacional começou a fabricar, custa um dinheirão."