O futebol é um esporte eclético, com dogmas próprios. Tornar-se um jogador de alto nível é uma tarefa hercúlea mesmo para quem atende a todos os requisitos básicos. Se falta algo... Bom, é justamente aí que surgem as grandes jornadas. E não é necessário ter mais de 1,68 m para entrar nessa história.
Artur, atacante do Red Bull Bragantino, é prova disso. Desde muito cedo em sua vida, o camisa 7 do time de Bragança Paulista escutou que era "muito baixinho". Por vezes, em ambientes novos, foi quem sobrou na hora de dividir os times. Em campo, Artur sempre driblou críticos com a mesma facilidade com que passava pelos marcadores.
Quando cheguei no Uniclinic, tinha 12 anos. Falaram 'ah, ele é muito baixinho, será que vale a pena apostar nele?'. Ou então iam separar time e eu sobrava: 'muito baixinho'. Mas eu começava a jogar e aí todo mundo queria. Sempre fui baixinho, mas sempre muito forte: quem trombava, batia e caía. Saí ganhando nisso. Meu sonho era maior e não tinha tamanho que me impedisse".
Quis o destino que Artur fosse parar justamente no clube da empresa que tem por slogan "dar asas". O baixinho que se acostumou a voar por cima das dificuldades nunca esteve tão em casa.