Muita coisa aconteceu nos 24 anos que separaram os títulos do Brasil nas Copas do Mundo de 1970 e 1994. Pelé se aposentou, Zico e Sócrates surgiram para o futebol mundial e saíram sem ganhar a Copa, a seleção comandada por Telê Santana encantou, mas voltou para casa de mãos abanando.
Com uma história tão rica, talvez nem todo mundo se lembre de um jogo único: a vitória por 1 a 0 sobre o Chile, no Maracanã, em 3 de setembro de 1989, há 31 anos. Aquela partida garantiu à seleção uma vaga na Copa do Mundo de 1990, mas ficou marcada por uma série de eventos inusitados digna de obras de ficção.
Primeiro, um foguete foi atirado da arquibancada. Depois, o goleiro chileno Roberto Rojas aproveitou a explosão para forjar uma agressão —que, se tivesse dado certo, poderia ter custado caro à história da seleção brasileira. Fora do Maracanã, porém, outros acontecimentos se juntam ao jogo de maneira quase direta, como a queda de um avião na Amazônia que levou à condenação de dois pilotos que até hoje precisam responder se derrubaram um avião por estarem ouvindo à partida.