Erling Haaland tinha apenas 15 anos e nunca havia disputado uma partida como profissional quando chamou o colega Sondre Norheim de canto, depois de um treinamento do Bryne FK.
"Você fica depois do treino me passando umas bolas? Quero treinar finalização", disse o atacante, que estava no time B, mas já começava a ser chamado para completar as atividades da equipe principal.
Norheim, um zagueiro de 18 anos que dava os primeiros passos na equipe principal, aceitou. A ideia era simples: ele daria os passes, Haaland dominaria e chutaria de diferentes maneiras, em várias partes do campo.
"Pensei que seriam uns 15 ou 20 minutos", lembra o defensor, em conversa com o UOL. O treino extra durou mais de uma hora. "Naquele dia, eu vi que ele tinha algo especial. Ele chutava, repetia, mudava de lugar. Às vezes não gostava de um chute, pedia para fazermos de novo. E ainda não tinha nem 16 anos".
A história contada por Norheim aconteceu em 2016. Na época, Haaland era apenas um projeto de jogador. Um adolescente alto e magro, artilheiro das categorias de base de um time da pequena Bryne, no sudoeste da Noruega.