Absolutamente imortal
Morreu Niki Lauda, um homem que, até seu último suspiro, foi absolutamente imortal. Ele podia fazer qualquer coisa, superar qualquer obstáculo, não importava o que nem qual. Apelidado Rato pelo não menos heroico David Purley durante uma altercação com toques de comédia no Grande Prêmio da Bélgica de 1977, ele viveu as sete vidas dos gatos - e em todas triunfou.
Lauda foi um herdeiro rebelde que, no lugar de assumir os negócios da família e se tornar empresário ou banqueiro, virou piloto de carros de corrida, daqueles de chão de oficina. Virou gênio das pistas ao usar a mesma persistência com que enfrentou seus pais para transformar um talento pouco mais do que mediano ao volante em um fenômeno da F-1.
Quando já era bicampeão da principal categoria do automobilismo, tendo inclusive sobrevivido a um dos acidentes mais impressionantes da história, largou tudo para ser piloto de avião. Não deu certo, voltou a fazer o que melhor fazia: vencer corridas. Foi tricampeão mundial. Como tinha muitas vidas, ainda fundou mais uma companhia aérea e foi vital para a transformação da Mercedes de equipe mediana a dominadora de todas as corridas da atual temporada da F-1.
Agora, você vai conhecer um pouco de cada uma dessas vidas, que acabaram ontem, depois de 70 anos, em Viena.