"Há 13 anos, um Furacão está para devastar a América. Preparem-se, porque chegou a hora". A frase foi escrita pelo lateral-direito Jonathan após a classificação inédita do Atlético-PR para a final da Copa Sul-Americana. Pelo caminho, a tempestade rubro-negra foi deixando estragos: Newell's Old Boys, Peñarol, Caracas, Bahia, Fluminense e, por fim, Junior de Barranquilla.
Se a competição não é a Libertadores, o caminho atleticano não foi mais simples por isso. Ficaram para trás Peñarol e Junior, duas equipes que jogaram o torneio vencido pelo River Plate ainda neste ano, sendo que o time uruguaio é pentacampeão dele. Newell's e Flu são vice-campeões, como o próprio Atlético.
Nos 13 anos que separam as duas finais continentais que o Atlético participou, muita coisa aconteceu. Se não pôde enfrentar o São Paulo na Arena da Baixada em 2005, em 2018 encheu o estádio para derrotar o Junior. Foi protagonista nacionalmente com outras três classificações para a Libertadores e ao chegar em final de Copa do Brasil, mas também sofreu um rebaixamento para a Série B e amargou quatro vice-campeonatos estaduais seguidos para o rival Coritiba. Aos poucos, passou a ser reconhecido como um grande. Deu camisa para Adriano Imperador e cargo de técnico para Lothar Matthaus e se posicionou contra a divisão das cotas de TV, mas foi mesmo ganhando a Sul-Americana se impôs frente ao grande público como um clube, enfim, pronto.