Esses atletas são apoiados pelo Programa de Preparação Olímpica (PPO). Em diálogo com confederações e comissões técnicas, o COB paga residência no exterior, técnico, médico, fisioterapia, viagens e o que mais for preciso para o atleta de ponta chegar ao ouro.
Mas a maior parte dos principais beneficiados chegou ao momento dos Jogos Olímpicos com problemas de saúde.
Bruno Fratus não se recuperou de cirurgias no ombro, Darlan Romani, que já não fazia boa temporada, ficou fora por causa de uma hérnia de disco, Nathalie Moelhausen descobriu um tumor na região lombar, Mayra Aguiar lutava contra o próprio corpo, Rafael Silva está visivelmente cansado (ainda assim ajudou a ganhar medalha por equipes) e Ana Marcela Cunha nunca voltou à velha forma depois de uma cirurgia no ano passado.
Na vela, quase todo o investimento disponível foi para Martine Grael e Kahena Kunze, que já tinham outras preocupações na vela, fizeram ciclo olímpico ruim e encerraram a dupla sofrendo para chegar à medal race. Thiago Braz nem veio a Paris, suspenso por doping.
Beatriz Ferreira, essa sim em plena forma, também já divide atenções com o boxe profissional, treinando para dois tipos de lutas, e ficou só com o bronze.
Tanto ela quanto Isaquias Queiroz voltaram ao pódio, mas um degrau abaixo de Tóquio. No caso do canoísta, ele preferiu se afastar dos treinamentos em Lagoa Santa (MG) no ano passado antes que explodisse. Voltou ao esporte e ainda ganhou uma prata.
Rafaela Silva e Daniel Cargnin até ganharam medalha, mas só por equipes. Guilherme Costa, dos poucos jovens do projeto, foi quarto na natação. Ana Sátila e Hugo Calderano, ela na quarta e ele na terceira Olimpíada, seguem sem medalhas. Marcus Vinicius D'Almeida parou nas oitavas de final.