A 23ª rodada marcou a volta do público em quase todos os estádios do Brasileirão. Com duas partidas no estado de São Paulo sendo exceção, seis confrontos tiveram torcedores na arquibancada. Ainda com limitações e longe da capacidade máxima de cada arena, os times envolvidos puderam sentir os efeitos positivos e negativos da presença de público.
Não há uma ciência exata, mas olhando para os que brigam pelo título, quem teve público ganhou. Foi o caso de Atlético-MG e Flamengo. O Palmeiras, ainda sem torcida, empatou com o Juventude e viu a distância para o líder aumentar.
Nesse ambiente "novo" para a Série A 2021, o técnico Cuca, do Atlético-MG, revelou que tinha uma tensão para ver como a arquibancada reagiria após a eliminação da Libertadores. Mas, ao fim das contas, a vitória sobre o Internacional veio com um gol de Keno e rendeu a cena na qual o treinador e seus jogadores foram agradecer à torcida pelo apoio.
"Por isso levei o time para dentro do campo, para mostrar ao torcedor que ele está representado. Você vê quão nervoso ficou o time no primeiro tempo, quão nervoso ficou o torcedor durante a partida", explicou o técnico.
Mas a presença de público também trouxe um ambiente de pressão vivido no fim de semana pelo Fortaleza, sobretudo pela derrota por 3 a 0 para o Atlético-GO, em pleno Castelão. No primeiro encontro entre o técnico Juan Pablo Vojvoda e a torcida, vaias após o apito final, apesar de o time ainda estar no G4.
Cuiabá e Grêmio também jogaram com público e perderam. Em Porto Alegre, especialmente, uma onda de vaias tomou conta após a derrota para um Sport que é concorrente direto contra o rebaixamento. Já a Chapecoense conseguiu arrancar um empate com o São Paulo na chuvosa Arena Condá.