A Globo, inicialmente, não queria.
Mas o jogo das pedaladas de Robinho — e aquela campanha do Santos de 2002, como um todo — foi o fim de um ciclo. Nada de finais, nada de troféus para quem ficasse em oitavo na primeira fase, nada de imprevisibilidade de jogos no calendário. Quando a bola rolar no Maracanã, neste sábado, às 16h30, para o confronto entre Fluminense e Santos, será dado início à 20ª edição do Brasileirão de pontos corridos.
Há 20 anos, a mudança aprovada pelos clubes foi ao encontro do que queria a CBF. Juvenal Juvêncio, então presidente do São Paulo — que tinha se classificado em primeiro na primeira fase do ano anterior e perdido logo nas quartas de final para o Santos — dizia que o time que tivesse melhor planejamento seria o campeão. Por outro lado, Eurico Miranda, do Vasco, profetizava "um suicídio para o futebol brasileiro" e demonstrava preocupação com a Globo.
Nas duas décadas subsequentes, o futebol brasileiro não morreu. Não houve espaço mais para zebras e, apesar do trilho europeu no formato, o Brasileirão ainda não faz frente às principais ligas do mundo, em termos de valor e de calendário —lembrando que os jogos não param em data Fifa e vira e mexe sofre como desfalques pelas seleções.
Mas e o que vem por aí dentro e fora de campo?