A Coreia do Sul foi o primeiro lugar com alguma relevância no futebol a retomar as atividades durante a pandemia do novo coronavírus. O campeonato nacional devia ter começado em 29 de fevereiro, mas naquele dia foram notificados 813 casos de covid-19 no país. A bola voltou a rolar na última sexta (8), quando o número tinha caído 98,5%.
Apesar dos cuidados com a possibilidade de uma segunda onda (o país registrou 27 casos ontem), a pandemia por lá é considerada controlada — o que permitiu a volta do futebol. O Brasil quer seguir o caminho da Coreia do Sul, mas a realidade é oposta.
Gustavo Vintecinco (o sobrenome é de família), atacante brasileiro de 24 anos, é testemunha disso. Ele fez sua estreia pelo Busan IPark, da primeira divisão sul-coreana, no último domingo, em derrota por 2 a 0 para o Pohang Steelers.
Ao UOL Esporte, ele conta neste longo depoimento o que foi preciso fazer para o futebol voltar na Coreia do Sul: um mês sem contato com a família, fim do compartilhamento de itens pessoais, testagem pesada, máscara, álcool em gel, prevenção, respeito ao isolamento social, mudança de protocolos, medição de temperatura surpresa e muita, muita preocupação com a realidade no Brasil.