Conquistar um cinturão é o ápice para um lutador de MMA. É a prova de que ele é melhor que todos os outros de sua categoria. Aos demais, resta a esperança de um dia destronar quem está por cima. Posicionado quase como Zeus no Olimpo, o campeão acumula dinheiro e bate recordes seguidos de pay-per-view. É assim no UFC, o templo das artes marciais mistas.
Para quem é campeão fora da principal organização da modalidade no planeta, aqueles que não ouvem o locutor Bruce Buffer gritar seu nome após um "It's time!", as coisas não são tão glamourosas assim. Existe vida fora do UFC, é verdade. Mas viver apenas da luta sem estar na organização de Dana White é raridade.
Sidy Rocha é campeã do japonês Pancrease. Mas o que ganha lá, às vezes, nem dá para pagar a passagem até Tóquio. Ter na luta sua única fonte de renda, então, sem chance. "É fora de cogitação viver apenas da luta, até porque a gente não faz várias lutas no ano".
Mesmo para quem consegue viver sem um segundo emprego, a renda é bem distinta dos milhões que Conor McGregor, o lutador que acabou com a invencibilidade do brasileiro José Aldo e é, hoje, um dos maiores astros do MMA no mundo, leva. Mesmo sem ter um título em sua cintura, o irlandês recebeu uma bolsa de US$ 3 milhões para enfrentar Khabib Nurmagomedov no UFC 246, em 2018.
O UOL Esporte relata agora a história de cinco lutadores brasileiros que são campeões, mas nunca chegaram ao sonho do pote de ouro do UFC. Alguns deles nem pensam mais nisso. Outros, ainda mantêm a esperança de chamar Dana White de chefe.