Quando eu era criança, a única coisa que eu sabia do Palmeiras é que era um clube muito grande. Eu já sabia que era um gigante. Mas nunca tinha passado pela minha cabeça jogar no Palmeiras. Era uma questão regional. Sou do Rio, meu sonho na época era jogar no clube que me formou. E jogar depois na Europa.
Claro que o tempo vai passando e você vai entendendo. Depois, quando me tornei profissional, joguei contra o Palmeiras no estádio antigo. Eu me lembrava da época da Parmalat. Daquele jogo histórico em que o Palmeiras perdeu para o Vasco com três gols do Romário na final da Mercosul. Assim como também me marcou a própria final da Libertadores de 1999. Mas jogar no Palmeiras não era algo que eu tinha como plano, não.
Quando surgiu a oportunidade de jogar no Palmeiras, eu já sabia o que era o Palmeiras. Já sabia o que eu ia encontrar.
Mas eu não sabia que o Palmeiras gerava tanta... Acho que má vontade. Eu vejo que há uma má-fé muito grande quando se fala de Palmeiras.
O Palmeiras joga bem e ganha, dizem que o Palmeiras teve sorte. O Palmeiras ganha a Libertadores, e falam que é a pior final da história. Existe uma má vontade muito grande para falar do Palmeiras. Entendo assim. E com alguns jogadores também é assim. Eu estou no clube certo.
E a verdade é que eu estou cagando para quem tem má vontade comigo ou fala mal de mim. Isso não é nem combustível para mim. Combustível para mim é minha família, meus filhos dentro da minha casa, Deus. Eu sempre pedia saúde a Deus para trabalhar. Com o que as pessoas falam ou deixam de falar, eu já me importei muito. Hoje, pouco me importa.