Ao Palmeiras não faltam referências ofensivas. As lembradas com maior saudosismo certamente são as duas Academias de Futebol. A primeira, dos anos 60, que foi tricampeã brasileira e bicampeã paulista. A segunda, dos anos 70, ganhou o tricampeonato paulista. Ponto comum entre as duas: o centroavante César Maluco. Ponto pacífico para o ex-camisa 9: nenhum jogador do time atual seria titular daquelas equipes.
"O Palmeiras hoje tem bons jogadores até, mas que me desculpem, nenhum teria lugar nas academias do Palmeiras. Repito: vou pedir desculpas à garotada, mas nenhum deles jogaria na nossa época no ataque do Palmeiras, nas décadas de 60 e 70".
Nesta reportagem, César Lemos explica como virou Maluco, analisa o Palmeiras atual e conta como foi fazer parte das duas gerações mais icônicas da história palmeirense. Com a camisa verde, ele anotou 180 gols oficialmente —embora seus números particulares apontem 191 —e é o maior artilheiro da era profissional (como ele mesmo gosta de dizer) do clube. O recordista é dos tempos de Palestra Itália, ainda no amadorismo: Heitor Marcelino fez 317 gols, anotados de 1916 a 1931.