Christoph Tobias Metzelder tem 40 anos. É ex-jogador de futebol, foi dirigente e treinador e acabou condecorado com a medalha de maior relevância na Alemanha: a Ordem do Mérito da República (Bundesverdienstkreuz) dada pelo engajamento social que mostrou em ações contra a pobreza de crianças e adolescentes, um trabalho que ele tornou mais abrangente com a criação de uma fundação que leva seu nome.
Entre os títulos conquistados estão o campeonato alemão, com o Borussia Dortmund, a Liga Espanhola, com o Real Madrid, e a Taça da Alemanha, com o Schalke 04. Vestindo a camisa número 21 da seleção da Alemanha, o que fez 47 vezes, foi vice-campeão da Copa do Mundo de 2002, na Coreia do Sul e no Japão. Ultimamente, Metzelder atuava como treinador da equipe sub-19 do clube amador TuS Halterm e frequentava o curso de técnico da Federação Alemã de Futebol.
Metzelder tinha um portfólio invejável. A dobradinha entre uma trajetória esportiva repleta de vitórias e as ações sociais fizeram do ex-zagueiro uma figura querida da mídia alemã, orgulho da opinião pública e admirado pelos torcedores. Era presença obrigatória no tapete vermelho de eventos beneficentes. Mas o zagueiro que marcou Ronaldo na final do Mundial de 2002 enfrenta os dias mais sombrios de sua vida. Figura central de um escândalo, Metzelder começou a ser julgado nesta quinta-feira (29) na Alemanha após admitir ter compartilhado arquivos de pedofilia. No final da mesma quinta-feira, já tinha sido considerado culpado.