Há exatos cinco anos, a Arena Corinthians cumpria um papel que lhe fora concedido em meio a uma série de reviravoltas e polêmicas. No dia 18 de maio de 2014, o estádio erguido no bairro de Itaquera recebia o primeiro jogo oficial, no grande teste para a abertura da Copa do Mundo que ocorreria dali a menos de um mês.
Foi justamente a condição de vedete do Mundial no Brasil que transformou o projeto do estádio em algo audacioso. Concebido para ocupar a vaga do Morumbi como sede de São Paulo na competição, a casa corintiana virou sinônimo de luxo, com mármore por todas as partes, telões de última geração e camarotes espaçosos.
Todo o aparato pensado, porém, precisou ser adequado à medida que a preocupação maior passou a ser a financeira - o valor da construção extrapolou o orçamento e, somado aos juros, tornou a dívida corintiana ingrata e difícil de ser paga. Assim, o mármore virou concreto, os camarotes ganharam elementos a fim de atrair torcedores, e o estádio foi turbinado por empreendimentos na tentativa de obter mais receita.
Na busca de transformar a matemática financeira em algo palpável, o Corinthians também abandonou partes do projeto, mudou parceiros e descartou obras que deixariam o projeto ainda mais caro. Além disso, passou a travar uma batalha velada com a Odebrecht, sob a forte presença de Andrés Sanchez, mesmo quando ele estava fora do quadro de dirigentes do clube.
O cenário de mudanças dos últimos anos, pano de fundo dos resultados em campo, será abordado a partir de agora pelo UOL Esporte, assim como as vitórias e derrotas corintianas no estádio cada vez mais incorporado à atual realidade.