A era Leco

Presidente do São Paulo completa 5 anos no comando do clube, sem títulos e ainda com instabilidade política

Diego Salgado e Thiago Fernandes Do UOL, em São Paulo Marcello Zambrana/AGIF

Carlos Augusto Barros e Silva, o Leco, completa cinco anos como presidente eleito do São Paulo hoje (27). A sua gestão prometia, ainda em 2015, ser a salvação do clube após o desastroso mandato de Carlos Miguel Aidar, que optou por renunciar ao cargo de máximo no executivo tricolor em meio a escândalos nos bastidores. Depois de meia década, o atual mandatário está à frente da mais criticada administração da história do time do Morumbi.

Presidente do Conselho Deliberativo durante a gestão de Carlos Miguel Aidar, Leco assumiu o clube de forma interina em 13 de outubro de 2015. Duas semanas mais tarde, em 27 de outubro do mesmo ano, foi eleito presidente. Por se tratar de uma gestão transitória — foram menos de dois anos, até 18 de abril de 2017 —, pôde concorrer à reeleição, quando venceu José Eduardo Pimenta.

Antes da primeira confirmação como presidente, ele prometeu pacificar o clube e recuperar a credibilidade no cenário nacional. O resultado, contudo, foi bem diferente. O São Paulo aumentou a dívida, avaliada em R$ 284 milhões em 2015, para R$ 538 milhões, de acordo com o balanço financeiro de 2019. Além do desastre econômico, o clube acumulou campanhas vexatórias no futebol, com eliminações para pequenos do Campeonato Paulista e quedas surpreendentes na Libertadores.

A dois meses do fim da gestão, deixa o clube sem conquistar um título e com muitos desafetos nas alamedas do Morumbi. A gestão de Leco à frente do São Paulo chega à fase derradeira com celebração por parte da torcida.

Marcello Zambrana/AGIF
Zanone Fraissat/FOLHAPRESS

Falsas promessas

Leco fez muitas promessas antes de ser eleito no São Paulo. A primeira delas era zerar a dívida do clube. Os números, no entanto, mostram que o endividamento só aumentou durante a sua gestão. No primeiro ano da administração, em 2015, o São Paulo devia R$ 284 milhões. O número saltou para R$ 344 milhões em 2016 e para R$ 353 milhões no ano seguinte. Em 2018, a primeira temporada de queda. O débito caiu para R$ 334 milhões. No entanto, em seu penúltimo ano, o valor aumentou em 61,07% e o número atingiu R$ 538 milhões.

A desastrosa situação financeira do clube não foi o único compromisso não cumprido por Leco durante a sua gestão. O presidente são-paulino disse que uma das suas intenções era apaziguar o cenário político do clube, o que não aconteceu. Hoje, há 14 grupos distintos no Conselho Deliberativo, o que atrapalha questões que passam pela casa, que conta hoje com 240 membros.

A falta de diálogo no Conselho Deliberativo culminou no pedido de impeachment do dirigente em dezembro passado. Um grupo de 50 conselheiros entregou um requerimento na sala da presidência, no Morumbi, a fim de tirá-lo do clube. A tentativa, no entanto, não foi para frente. Recentemente, a Justiça extinguiu um processo movido por Denis Ormrod, que solicitou o afastamento imediato do mandatário do cargo ao lado de Marcelo Abranches Pupo Barboza, mandatário do Conselho Deliberativo.

Outra promessa feita por Leco foi acabar com as negociações suspeitas. Todavia, em março passado, foi cobrado pelo Conselho Deliberativo pela contratação de Diego Souza, então jogador do Sport. À época, foi divulgado que a operação custou R$ 10 milhões. O clube, contudo, desembolsou R$ 13,4 milhões para tirar o jogador da Ilha do Retiro. Os valores incluíam comissões e luvas para o atleta. Os números só foram descobertos após relatório do Conselho Fiscal. A cúpula calculava uma economia de R$ 8 milhões com a ida do atacante a General Severiano.

À época, foi cogitada uma comissão para avaliar as transações financeiras do São Paulo, o que não aconteceu. O presidente, inclusive, foi obrigado a se explicar sobre as negociações na ocasião.

Marcello Zambrana/AGIF

Diretores questionados

Dois nomes inexperientes assumiram o comando do futebol do São Paulo durante a gestão de Leco e sofreram com contestações. Vinícius Pinotti (foto acima) foi responsável pelo esporte entre abril e dezembro de 2017. Raí assumiu o posto alguns dias após a saída do antecessor.

Ao longo de 2017, Pinotti foi questionado por algumas contratações, como a de Maicosuel — que teria deixado o Atlético-MG já com um problema de desequilíbrio muscular — e pela demissão de Rogério Ceni. O ex-dirigente também teve a sua imagem abalada por causa da suposta ligação com Alan Cimerman, ex-gerente de marketing do clube, demitido por justa causa e acusado de venda irregular de ingressos de shows no Morumbi, em caso investigado pela polícia.

Inexperiente, o ex-diretor foi escanteado em algumas negociações e se irritou com o mandatário. Pinotti ainda discordou da postura de outros dirigentes, o que motivou a sua saída do clube. Ele foi quem pediu demissão à época.

Marcello Zambrana/AGIF

O fim da relação com Pinotti culminou na chegada de Raí ao Morumbi. O ex-jogador assumiu a posição de executivo de futebol. Em quase três anos à frente do clube, tomou decisões controversas.

Entre as mais recentes, está a insistência no trabalho de Fernando Diniz, bastante criticado por parte da torcida. O dirigente é o responsável por mantê-lo à frente do elenco, mesmo em momentos conturbados, como a queda para o Mirassol no Campeonato Paulista e a eliminação na fase de grupos da Libertadores.

No ano passado, no processo que culminou na contratação de Diniz, o departamento de futebol, liderado por Raí, causou desgaste com Vagner Mancini. Ele seria o escolhido para comandar a equipe após a saída de Cuca do cargo, mas acabou deixando o clube para a chegada de Diniz, o que desgastou a relação do São Paulo com Mancini.

Raí foi bastante questionado no Conselho Deliberativo após a ida de Diego Souza para o Botafogo. O valor da contratação do atleta, que tinha deixado o Sport para ir ao Morumbi, foi o que causou irritação. À época do negócio, foi divulgado que ele custou R$ 10 milhões. Contudo, o valor real foi de R$ 13,4 milhões.

Lucas Lima/UOL

Escândalos

O escândalo vivido durante a gestão de Carlos Miguel Aidar foi o pontapé para o início da administração de Leco à frente do São Paulo. Uma das promessas do então candidato era acabar com os casos que colocaram o nome do clube no fundo do poço. Porém, aliados do presidente protagonizaram casos que causaram revolta nos bastidores.

O primeiro caso envolveu Alan Cimerman, ex-gerente de marketing do São Paulo. O então dirigente de Leco foi investigado e denunciado pelo Ministério Público de São Paulo em ação criminosa em um esquema de desvio de valores referentes a ingressos e camarotes de shows no Morumbi, em 2017.

De acordo com a denúncia, Cimerman negociou ingressos e camarotes para shows da banda U2 (foto) e do cantor Bruno Mars com diversas pessoas, físicas e jurídicas. O então dirigente, entretanto, não repassava os valores recebidos ao São Paulo, e nem os ingressos aos adquirentes. Ao invés disso, a quantia era depositada diretamente na conta de sua filha.

Na operação, o gerente teria falsificado a assinatura do então diretor de marketing Márcio Aith ao ceder camarotes para os dois cúmplices. Ao longo de todo o processo, foram falsificados cheques, recibos e ingressos, inclusive documentos das empresas organizadoras dos shows. O esquema atingiu, de acordo com os promotores, um total de dez vítimas, lesadas em pouco mais de R$ 3 milhões.

Daniel Vorley/AGIF

O hacker

O caso hacker tem Roberto Natel (na foto, à esquerda, com Carlos Miguel Aidar, ex-presidente do Sã Paulo), atual candidato à presidência e vice de Leco, como pivô e é outro escândalo que ocorreu durante a gestão. Uma apuração interna da diretoria do São Paulo foi registrada em cartório e indica que o empresário é o suposto responsável por vazar informações internas do clube a um chantagista, ainda em 2019.

Natel se coloca como vítima do caso. O candidato à presidência informa que não tem responsabilidade pelo vazamento de informações e que tampouco tinha acesso à sua antiga sala no Morumbi. Ele diz que a ruptura com Leco é o que o impedia de usar o espaço.

Identificado como "Edward Lorenz", o hacker ameaçou divulgar arquivos confidenciais de conselheiros do São Paulo. Para não praticar o ato, o autor pediu o pagamento de R$ 1 milhão. As chantagens foram feitas por e-mail, todas as mensagens contavam com o mesmo assunto — "Bastidores do Poder".

Em setembro deste ano, a Polícia Civil esteve no Morumbi e apreendeu, para perícia, o computador que era de Natel. O caso ainda não foi solucionado.

Caso do pastel de Belém

Na gestão, também houve o caso de uma viagem à Europa de dois dirigentes — o diretor financeiro Elias Barquete Albarello e o então diretor administrativo Rodrigo Gaspar — que foi alvo de contestação por parte do Conselho. Os dirigentes apresentaram notas com gastos como ônibus de turismo (city tour), jarra de sangria, entrada para museus e até 1 euro para o pagamento de elevador de shopping center (sendo que no local há escada rolante gratuita). Gaspar acabou demitido. Elias segue no cargo.

Gabriela Di Bella-18.jan.2016/Folhapress Gabriela Di Bella-18.jan.2016/Folhapress

O que deu certo

Embora seja conhecido por uma gestão sem títulos e que aumentou a dívida do São Paulo, Leco também deixou legados positivos. A confecção do novo Estatuto Social, o fim da remuneração a membros do Conselho Deliberativo e o surgimento de jogadores das divisões de base são alguns deles.

Foi aprovado, em novembro de 2016, o Estatuto Social do clube. O documento entrou em vigor em abril de 2017. Já no ano passado, a principal alteração foi referente à remuneração de conselheiros. De acordo com a nova medida, os integrantes do órgão estão impossibilitados de receber salários em troca de serviços na diretoria.

A alteração interferiu diretamente nas situações de Elias Barquete Albarello (diretor executivo financeiro - que era conselheiro vitalício), Eduardo Rebouças Monteiro (diretor executivo de infraestrutura - vitalício), Paulo Mutti (superintendente de gestão de contratos - vitalício), Mauro Castro (gerente de estádio - vitalício) e Márcio Carlomagno Araújo (assessor da presidência - conselheiro eleito). Eles tiveram que optar entre a permanência na diretoria de forma remunerada ou a sequência no Conselho Deliberativo.

As mudanças internas não foram únicas. A gestão de Leco se notabilizou por revelar ativos das divisões de base. Em meio às críticas, soube negociar os jovens que surgiram em Cotia.

ANP Sport via Getty Images

A negociação com notoriedade mais recente foi a ida de Antony ao Ajax (na foto, à esquerda, ao lado de David Neres). O atacante foi negociado por R$ 74 milhões ao clube da Holanda. O Tricolor paulista ainda manteve 20% de mais-valia após a venda do jovem no mercado da bola.

David Neres trocou o São Paulo pelo mesmo Ajax, da Holanda, em 2017. O jogador foi vendido por R$ 50,7 milhões, com a manutenção de 20% dos direitos econômicos no Morumbi. Três anos mais tarde, os paulistas venderam esse percentual por R$ 32 milhões.

O sucesso não é medido somente nas negociações efetuadas no mercado da bola. Em campo, o time comandado por Fernando Diniz conta com garotos das divisões de base em boa fase. Diego Costa, Igor Gomes, Gabriel Sara e Brenner são os principais nomes do elenco atualmente. O quarteto se destaca em campo e segue como titular absoluto.

Marcello Zambrana/AGIF Marcello Zambrana/AGIF

De cabo eleitoral a opositor

Rogério Ceni ainda era goleiro do São Paulo quando Carlos Miguel Aidar renunciou ao posto de presidente do São Paulo. Dias depois da saída do mandatário, o atual treinador do Fortaleza falou publicamente sobre o momento político do clube e fez elogios a Leco, que ocupava o cargo ainda de forma interina.

"Hoje o Dr. Leco está aqui como presidente interino. É um primeiro passo para que o clube volte a ter a credibilidade que sempre teve e possa conseguir conquistas e estabilidade dentro de campo", afirmou Ceni a dez dias da eleição que definiu a permanência de Leco no comando do São Paulo até abril de 2017.

De olho na reeleição, Leco também mencionou um suposto apoio de Ceni antes da disputa com José Eduardo Mesquita Pimenta. Inclusive, conselheiros do clube enxergaram a escolha do ex-goleiro para a função de treinador como uma jogada política. Ceni assumiu o cargo em janeiro de 2017, enquanto Leco venceu o pleito em abril. Na hora de fazer o seu discurso para assumir o cargo, Leco ainda disse ter recebido o telefone de congratulação de Ceni.

Mas a paz acabou logo. Demitido no começo de julho do mesmo ano, Ceni virou opositor de Leco, com direito a troca de farpas. Em setembro daquele ano, o mandatário culpou o ex-goleiro pela reformulação do elenco, fruto, segundo Leco, da falta de resultados em campo. A resposta de Ceni veio de forma indireta, numa rede social:

Não se deixe enganar pelos cabelos brancos, pois os canalhas também envelhecem".
Rogério Ceni, durante a passagem pela Inglaterra, onde estudou antes de assumir o Fortaleza em janeiro de 2018.

Reprodução/Premiere

A taça e os totens

O São Paulo tem sofrido com o Corinthians nos últimos anos, sobretudo quando o assunto é duelo de mata-mata. Fora de campo, Leco protagonizou uma cena que viralizou nas redes sociais, justamente em um encontro com Andrés Sanchez, presidente do Corinthians, dias antes da final do Paulistão 2019.

No encontro com o mandatário corintiano na sede da Federação Paulista de Futebol (FPF), Leco pediu para tocar no troféu do Paulistão. De imediato, o corintiano emendou: "Faz tempo que você não põe a mão na taça". Para piorar a situação, o São Paulo acabou derrotado pelo Corinthians na decisão, com um gol nos minutos finais do segundo jogo (derrota por 2 a 1 na Neo Química Arena).

Outra passagem envolvendo o Corinthians gerou críticas de torcedores. O São Paulo manteve totens com fotos dos rostos de torcedores no Morumbi durante uma partida do rival. A torcida feita de bonecos foi uma ação promocional promovida pelo clube enquanto os jogos não podem ter espectadores. Para ter direito a um totem nas arquibancadas do Morumbi, o torcedor são-paulino teria de pagar R$79,90, para sócios, ou R$109,90, para não-sócios.

O problema é que o São Paulo tinha sido eliminado pelo Mirassol na véspera, justamente no Morumbi. Para piorar, o Corinthians conseguiu passar à semifinal do Paulistão com uma vitória por 2 a 0 sobre o Red Bull Bragantino.

Nacho Doce/Reuters Nacho Doce/Reuters

Incômodo jejum

A espera do São Paulo pelo retorno à rota de títulos não chegou ao fim com Leco. A seca atual, de quase oito anos, já é a terceira maior da história do clube — as maiores são nos períodos de 1957 a 1970 e de 1931 a 1943. Desde o último título, a Copa Sul-Americana de 2012, o São Paulo já foi eliminado 24 vezes em competições de mata-mata. Treze delas com Leco no comando.

Pelo Paulistão, os maiores vexames foram contra Audax (2016) e Mirassol (2020), pelas quartas de final do Paulistão. Na Copa do Brasil, o São Paulo caiu diante do Juventude, na edição 2016. Na Sul-Americana, Defensa y Justica e Colón eliminaram o clube em 2017 e 2018. No ano passado, o Talleres despachou o time tricolor antes mesmo da fase de grupos da Libertadores — fato inédito na história do clube.

No Brasileirão de 2017, a equipe passou boa parte da competição na zona do rebaixamento. No ano passado, teve o pior ataque de sua história, levando em consideração a média de gols por partida. A melhor campanha do São Paulo na era Leco foi o vice do Paulistão 2019. No Brasileirão, isso aconteceu na edição 2018, quando o time ficou na quinta posição. No ano passado, a equipe foi a sexta colocada.

Marcello Zambrana/AGIF

Trocas no comando

Cinco anos de mandato para dez treinadores. Essa é a conta de Leco quando o assunto é a rotatividade de técnicos. Com média de dois treinadores por temporada, o São Paulo encontrou certa estabilidade apenas nos últimos 13 meses, com Fernando Diniz, mesmo sem resultados com títulos.

O atual comandante é o treinador mais longevo do São Paulo desde Muricy Ramalho. A lista são-paulina da era Leco traz os seguintes nomes:
Doriva (2015), Edgardo Bauza (2016), Ricardo Gomes (2016), Rogério Ceni (2017), Dorival Júnior (2017/2018), Diego Aguirre (2018), André Jardine (2019), Vagner Mancini (2019) e Cuca (2019).

A gestão Leco foi responsável pela demissão de sete desses treinadores. Apenas Bauza, que acertou com a seleção argentina, e Mancini, que deu lugar a Cuca como previa o planejamento, passaram impunes. Leco, inclusive, não demorou muito para demitir o primeiro treinador da sua gestão. Doriva deixou o cargo no dia 9 de novembro de 2015, exatas duas semanas depois de o dirigente assumir o comando do São Paulo.

Opinião dos sucessores

Marcello Zambrana/AGIF
Rubens Chiri/saopaulofc.net

Julio Casares, candidato à presidência do São Paulo, sobre Leco:

"Sobre a gestão do Leco, que completou cinco anos, os números respondem. Eu não gosto de julgar ninguém, porque não é o meu papel e eu quero pensar o São Paulo daqui para frente. O São Paulo tem desafios imensos. Eu tenho que olhar para frente e para o futuro do São Paulo. Os resultados não foram exitosos, os números estão aí, os números do balanço e não conseguimos uma conquista esportiva nos últimos cinco anos. O julgamento fica para a história e fica pelos números que estão aí. A pessoa tem a maior boa intenção do mundo, como grande são-paulino, mas essa gestão não teve essa possibilidade. Meu compromisso é olhar para a frente. Se você ficar olhando para trás, você compromete o seu presente e determina a falta de ideia para o que vem pela frente".

Reprodução

Roberto Natel, vice-presidente de Leco e candidato à presidência do São Paulo, sobre o atual mandatário:

"Eu não gostaria de falar do Leco, todos nós sabemos a opinião da torcida, e a opinião da torcida é a mesma da minha. Eu acho que o Leco é passado. Então, não estou me preocupando com o Leco. Estou me preocupando que, assim que eu assuma, o São Paulo melhore.

No caso do Leco, eu fui votado junto com o Leco. O cargo não é do Leco, é do São Paulo Futebol Clube. Sou vice-presidente do São Paulo e tenho que honrar os votos. Foram juntos com o Leco? Foram, mas tenho que honrar. Quando percebi que o Leco estava indo na contramão do caminho que eu pensei ser o certo, contratando vários conselheiros, que fui favorável no início, eu disse: 'presidente, você está fazendo uma mini-Brasília'. Ele disse que faria e que poderia fazer. Eu comecei a brigar. Quando ele começou a contratar jogadores sem critério, como no caso do Maicosuel, eu falei com ele. Ele também trouxe pessoas de grupo para fazer política em vez de contratar profissionais da área. Eu comecei a ser, desde aquele momento, oposição a ele. Eu sempre fui muito claro com o Leco, não fazia pelas costas. A minha intenção era fazer com que o Leco me escutasse, o que não aconteceu. Eu sou oposição sim, eu votei contra no Conselho de Administração e no Conselho Deliberativo. As minhas atitudes mostram que sou oposição".

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