Quando Lionel Messi recebeu o troféu da Bola de Ouro pela oitava vez na carreira, na segunda-feira (30), em Paris, havia algo de diferente no ar. Ao contrário das sete vezes anteriores em que o argentino levou o prêmio, havia uma pergunta nos olhos de quem assistia à cerimônia no Théâtre du Châtelet, em Paris: será que foi a última?
O número 8 girando em 90 graus e se transformando em um símbolo com a frase "Messi é infinito" deu o tom de uma celebração que foi, mais do que um prêmio anual, o reconhecimento da vida e obra de Messi. Uma homenagem ao legado do maior vencedor da Bola de Ouro, o único a superar Pelé no prêmio.
Aos 36 anos, campeão do mundo pela Argentina, recordista de títulos da história do esporte e considerado por cada vez mais gente o melhor de todos os tempos, Messi já deu o primeiro passo: em junho deste ano, decidiu se desconectar do altíssimo nível de competitividade do futebol europeu, onde desfilou talento durante quase duas décadas.
O Leo de 2023 é um jogador fora de série que optou por diminuir o ritmo da própria vida em nome da família e de um projeto de vida nos Estados Unidos. No processo, brindou o Inter Miami com o título da Leagues Cup, encheu estádios, mudou comercialmente a MLS e colocou a liga norte-americana no mapa dos vencedores da Bola de Ouro, algo que nenhum clube brasileiro, argentino ou de qualquer país não-europeu havia conseguido.
Mas a pergunta que fica é: até quando o futebol terá Messi para chamar de seu? Nem mesmo ele sabe a resposta.