A cidade de Belém, no Pará, respira entre o nervosismo e a ansiedade, na expectativa de um jogo que pode significar o acesso à Série B do Brasileiro para Remo e Paysandu. Os rivais se enfrentam amanhã (10), em mais uma edição de um dos clássicos mais disputados do mundo (será a 759ª). A situação é mais favorável ao Paysandu, que só precisa de uma vitória neste domingo para garantir vaga na segunda divisão. O Remo, por sua vez, estará mais perto do acesso caso vença o rival.
A depender do resultado das duas últimas rodadas da Série C, há grandes chances de os dois maiores times da região Norte conseguirem subir na mesma edição. E a cidade já se pergunta qual será o protocolo para as comemorações caso o acontecimento, inédito na história centenária da rivalidade, se concretize.
"Se os dois subirem, provavelmente, as torcidas vão respeitar os protocolos da pandemia e vão todos comemorar em casa, de máscara e distanciamento", afirma o humorista Murilo Couto, torcedor do Paysandu. "Mas tem uma pequena chance de decidirem sair para comemorar, tomar todo o álcool em gel e sair na porrada no meio da rua."
A euforia e as provocações, alimentadas pelo bom momento das equipes, só foram possíveis graças a uma rede de solidariedade que envolveu as torcidas em um ano em que elas não puderam ir aos estádios, por causa da pandemia de covid-19. A torcida do Remo levantou mais de R$ 90 mil para o bicho dos jogadores, em caso de acesso. A do Paysandu gerou lucro líquido de R$ 600 mil ao clube, ao comprar uma camiseta comemorativa. A seguir, o UOL Esporte lista algumas iniciativas de marketing dos clubes e das torcidas paraenses que ajudam a explicar o caminho até a fase decisiva da Série C.