Se o simples bater de asas de uma borboleta no Brasil pode causar um furacão no Japão, os feitos da brasileira Beatriz Haddad Maia devem ter causado uma tempestade em alguma parte do mundo.
Nas últimas semanas, Bia conquistou no tênis o que nenhum brasileiro alcançou, no masculino ou feminino, desde Gustavo Kuerten. A atleta de 26 anos venceu dois torneios WTA 250 seguidos em duas semanas - Nottingham e Birmingham -, entrou no top 30 do ranking mundial de simples e igualou Maria Esther Bueno na Era WTA (desde 1973, quando foi criada a associação de tênis feminino e o circuito profissional da modalidade).
O nome de Bia nunca foi procurado tantas vezes no Google. E apesar do furacão que vimos nas últimas semanas, apenas a própria atleta sabe o que precisou fazer para seguir batendo as asas e chegar a este momento.
Quando iniciou sua carreira no tênis e começou a alcançar bons resultados, Bia carregou o peso de ser esperança do Brasil em um esporte que não tinha referências recentes no feminino. No meio do caminho, sofreu com problemas que foram desde lesões até um resultado positivo no doping em 2019. O apoio do público foi sumindo e a expectativa em torno dela diminuindo, mas ela seguiu com foco e determinação.
Na semana que vem, Beatriz Haddad Maia retoma sua trajetória em Wimbledon como cabeça de chave após conquistar dois títulos consecutivos na grama. A seguir, o UOL Esporte detalha a caminhada da tenista até os dias de hoje e explica por que ela pode surpreender no campeonato mais tradicional da modalidade.