Autora de três gols na estreia da seleção brasileira na Copa do Mundo da Austrália e Nova Zelândia, Ariadina Alves Borges teve um longo caminho antes de se tornar Ary Borges. Nascida em São Luís, no Maranhão, a meio-campista de personalidade forte desde a infância foi o grande nome do Brasil na goleada de 4 a 0 sobre o Panamá.
Criada pela avó até os 11 anos, Ary conviveu com os pais apenas quando se mudou para São Paulo. A então pré-adolescente sequer sonhava em ser jogadora de futebol, mas os olhares atentos do tio e do pai guiaram Ary rumo à Copa da Austrália e Nova Zelândia.
"Acho que você vai pensando, durante o processo, em tudo que fez para estar ali. Lembra de onde veio. Fico pensando, 'poxa cara, olha de onde eu saí, onde eu estou agora, morando em um outro país, podendo fazer principalmente o que eu amo'. Não tem nada melhor do que isso, viver a vida inteira fazendo algo que realmente gosta, viver disso, respirar futebol", falou Ary ao UOL.
A maranhense de 23 anos se inspira nas craques e revolucionárias Marta e Megan Rapinoe, da seleção dos EUA. Ao mesmo tempo em que vê a seleção mentalmente forte para a Copa, cobra melhorias no futebol brasileiro e ainda não decidiu se apoiará, ou não, a candidatura verde-amarela para receber o Mundial de 2027.