O Brasil já se aproxima da marca de 220 mil mortos pela covid-19. O quadro é grave, com mais de mil vítimas por dia. Enquanto a cobertura da vacina ainda não é representativa, os cuidados básicos se mantêm relevantes: usar máscara, higienizar as mãos e evitar ambientes fechados e aglomerações. Esse momento único da história fará com que um jogo de futebol importante e também singular aconteça sem presença de público: a final da Libertadores de 2020, no próximo sábado (30), entre Palmeiras e Santos.
É a primeira vez na história em que dois rivais regionais brasileiros decidem o principal torneio do continente. E este jogo ainda será no Maracanã, um dos palcos mais conceituados do mundo.
Só que o torcedor não pode ir ao estádio e também não é recomendável que se junte com amigos ou familiares de outras casas para torcer. Foi assim desde a fase de grupos, o que colocou em evidência um novo modo de torcer exclusivo das redes sociais que talvez ajude a ditar o futuro da comunicação no futebol. Os vídeos de bastidores divulgados pelos clubes tentam compensar a distância, enquanto as transmissões ao vivo feitas por jogadores substituem a solidão da quarentena que parece não acabar.
A pandemia também reforçou uma tendência que já era observada no futebol brasileiro, que é a fragmentação da distribuição de conteúdo com a chegada de novas plataformas transmissoras de jogos que deram trabalho a palmeirenses e santistas na caça pelos jogos na TV. Essa nova maneira de torcer que o UOL Esporte retrata ainda passa pelos craques que já foram memes e todos os preparativos da Conmebol para as arquibancadas virtuais do jogo que eles têm chamado de "final de outro mundo" — seja ele real ou digital.