No gabinete do segundo vice-presidente da Câmara de Vereadores do Rio é possível ver, em uma mesma parede, um quadro, menor, do Cristo Redentor com a camisa rubro-negra e uma foto emoldurada, maior, do dono da sala também em vermelho e preto, com um charuto usado em comemorações de título. Em cima da mesa, uma bandeirinha do Flamengo aparece entre a do Brasil e a do estado do Rio de Janeiro. A decoração representa a junção dos papéis exercidos por Marcos Braz (PL): os cargos de vereador e de vice-presidente de futebol do Flamengo.
O dirigente/parlamentar pediu educadamente para que não fossem feitas imagens dos quadros. Mas só o fato desses elementos estarem naquele espaço específico do centenário Palácio Pedro Ernesto indica que o cartola atingiu papel relevante, mesmo estando apenas em seu primeiro mandato como vereador.
Braz vive entre a responsabilidade de tocar o futebol do clube mais popular do Brasil, com torcida estimada em mais 40 milhões de torcedores, e honrar os mais de 40 mil votos que recebeu na eleição de 2020 da segunda maior cidade do país.
Enquanto conversava sobre seu mandato, Braz recebeu uma ligação do presidente do Flamengo, Rodolfo Landim. Eles discutiram por alguns instantes para onde iria o jogo entre Flamengo e Athletico, já que o Maracanã está fechado.
Mexer com política e futebol demanda gestão de tempo e atrai holofotes em dobro. Qual é a prioridade? Flamengo e Câmara se misturam? O UOL passou pelos corredores da Câmara nos últimos meses para entender como é o Braz vereador e como ele tenta conciliar os deveres com uma nação e uma cidade.
Ele diz que neste ano já perdeu 22kg porque está indo à academia. O peso da responsabilidade não mudou. Segue enorme.