Desde muito jovem, o uruguaio Paulo Pezzolano precisou crer em suas convicções para alcançar os objetivos traçados. Como jogador e treinador teve que remar contra a maré da cultura uruguaia em relação ao futebol, que valorizava muito mais a força e a disputa física do que um modelo de jogo com maior variação.
Quando jovem, foi dispensado da base do Peñarol por não ser nem alto nem forte o suficiente. Em seu início como técnico, ouviu da torcida do Liverpool-URU que o time não era o Barcelona. Na cabeça dos torcedores, ele precisava fazer o simples, mas não fez.
Pezzolano, 39, manteve suas crenças e foram elas que o levaram a ser convidado para treinar o Cruzeiro, na gestão de Ronaldo, em busca do grande objetivo do clube na temporada: o acesso à Série A do Campeonato Brasileiro. Após oito rodadas, a Raposa vai a campo hoje contra o Criciúma, às 21h30, como líder do campeonato, três pontos à frente do Bahia e com seis pontos de folga para o quinto colocado —somente os quatro primeiros garantem a promoção.
O ex-atacante e empresário espera de suas equipes —inclua aqui o Real Valladolid-ESP, a busca pelo domínio do jogo, e é dessa forma que Pezzolano pensa e vive o futebol. Para uma missão em que nomes consagrados como Felipão e Vanderlei Luxemburgo falharam, a aposta do Fenômeno, então, tinha de ser em alguém que se habituou a pensar fora da caixa.